sexta-feira, 6 de abril de 2012

Meditações da Mulher- Abril

1º de abril domingo

Outro paraíso

Na casa de Meu pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também. João 14:2, 3

Em minha infância cristã, eu não costumava ouvir muito sobre uma nova Terra e sobre viver com Cristo. Como consequência, senti a necessidade de buscar, aqui neste mundo caído, um lugar especial em que viver. Infelizmente, o lugar que escolhi para relaxar fica num condomínio; por coincidência, seu nome é Paraíso. Há belas casas e um caminho encantador ao longo da praia, para caminhar e meditar. É verdadeiramente um lugar especial para mim e minha família. Posso repousar, ouvir os pássaros e o som do oceano, e recarregar as baterias para os desafios que me aguardam no labor diário, ao retornar para minha casa.

A paz, o silêncio e o hábito das pessoas de se cumprimentarem ao longo das trilhas produzem agradáveis passeios, cheios de saudações de “Bom-dia” ou “Boa-tarde”.

Escrevo esta página no mês de abril, época da Páscoa, e estou de volta ao meu paraíso particular. Neste ano, porém, meu período de quietude não funcionou como eu pretendia, pois o paraíso foi invadido por estranhos. As pessoas da casa ao lado e as que ocupavam a casa atrás da nossa decidiram fazer uma festa. Não foi nada agradável para os vizinhos, já que os sons e a música ensurdecedora começaram tarde da noite e se estenderam até as primeiras horas da manhã. Quando saio para caminhar, vejo dezenas de pessoas desconhecidas, que não pertencem ao complexo do condomínio. Elas não conhecem os hábitos de uma vida calma e serena, e não ouço as costumeiras saudações.

Estou começando a ficar irritada e a me sentir castigada, por não conseguir relaxar. Acho que meu paraíso não se encontra aqui, e preciso ter paciência para esperar um pouco mais, até que Jesus volte. Meus olhos se enchem de lágrimas, anelando um lugar que ainda não conheço. Gosto muito de pensar numa “terra linda, encantada”, num “lugar onde a felicidade é total”, e que está sendo preparado para todos nós.

Quero aproveitar esta oportunidade para pedir que Deus prepare meu lar eterno. Quero que me ajude a vencer a batalha contra o mal. Quero trabalhar para apressar a vinda de Seu amado Filho Jesus. Lembremo-nos de guardar a fé.

Andréa de Almeida Santos

2 de abril segunda

Mantendo a palavra

As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na Tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!
Salmo 19:14

Nem sempre mantenho minha palavra. Na verdade, já decepcionei outros e a mim mesma inúmeras vezes, porque deixei de cumprir minha palavra.

Alguns anos atrás, uma preciosa amiga e eu havíamos ido fazer a interpretação na linguagem dos sinais, num programa à tarde. Interpretamos juntas e, após o programa, ela me conduziu até a entrada da rodovia interestadual que eu precisava tomar para voltar para casa. Mais tarde, naquele mês, me lembrei dela e prometi a mim mesma que lhe telefonaria em seguida. Desejava expressar meu agradecimento a ela, por ter sido tão gentil e bondosa. Adiei o telefonema. Então, ela morreu, repentinamente. A culpa e a vergonha que carrego só têm sido aliviadas pela misericórdia de Deus, mas o remorso continua, para lembrar-me de cumprir o que prometo.

Também tenho falhado em relação com outras pessoas, quando deixo de cumprir minha palavra. Meu esposo dependia de mim quanto ao licenciamento do carro, já que tenho feito isso ao longo dos anos. Um ano, simplesmente adiei a renovação do licenciamento do carro do meu esposo, mesmo depois de ele ter-me lembrado e avisado que poderia correr riscos. Ele teria cuidado do assunto com toda disposição, mas lhe garanti que eu me encarregaria, pois o prazo ainda não estava vencido – ainda havia tempo, disse eu para mim mesma. Mas não tomei as providências.

Como temia, meu esposo foi parado e multado pelo licenciamento vencido. Mais uma vez, a graça de Deus e a compreensão do meu esposo me abrigaram, enquanto eu continuava a me desprezar. Quando é que eu aprenderia a lição? Em Mateus 5:37, Jesus diz: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.” A lição para mim é: Não diga que você fará algo, a menos que realmente vá fazê-lo.

Mais e mais, sinto a doce voz do Espírito apelando para que eu cumpra a palavra para os outros e para mim mesma. As pequenas coisas que negligencio fazer resultam, com frequência, numa horrível e mortal culpa, vergonha, inconveniência aos outros ou coisa pior. Assim, oro todos os dias e sempre: Querido Senhor, que as palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na Tua presença.

Rose Thomas

3 de abril terça

Existe esperança, afinal?

Na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos. Tito 1:2

Na sexta-feira, 11 de abril, fizemos a viagem de 90 minutos a Birmingham, para a consulta com o especialista, Dr. Oh. Depois de um teste de condução do nervo e uma eletromiografia, o médico julgou necessário fazer uma biópsia do músculo, em vez de biópsia do nervo. Quando todos os testes estavam feitos, fomos instruídos a esperar pelo menos três semanas para receber a ligação do médico, antes de nos apresentarmos para saber qual era o diagnóstico. Na sexta-feira da terceira semana, nos disseram que receberíamos um telefonema na segunda-feira.

Na segunda-feira, fomos informados de que o especialista achara que havia alguns resultados conflitantes nos exames e não fora possível fazer um diagnóstico definido. Alguns dos exames precisariam ser repetidos. Assim, na sexta-feira, dia 23, novamente nos dirigimos a Birmingham.

Depois que os testes foram repetidos e tive a permissão de retornar ao consultório, o médico nos deu o diagnóstico: miopatia corporal inclusiva. Não há cura para essa doença muscular progressiva. Por um breve tempo, não consegui ouvir nada mais. Minha cabeça girava. Meu pior temor se tornara realidade. O diagnóstico nos deixou sem esperança. James continuaria a ter depleção muscular e um dia ficaria preso à cama, sucumbindo, por fim, à doença. Em particular, perguntei ao médico quanto tempo ele achava que James teria antes de ficar impossibilitado de cuidar de si mesmo. O médico disse que eu teria uma boa ideia pelo progresso que a doença já apresentava. Em apenas quatro meses, James havia perdido em grande parte o uso do braço direito, e já começava a ter problema com o esquerdo. Senti-me impotente e sozinha. Como podia acontecer isso? Conseguiria eu cuidar sozinha do meu esposo enfermo e de cinco filhos pequenos?

Com muita meditação – e ainda mais oração – concluí que não estava sozinha: Deus nos acompanhava. Dentro de pouco tempo, eu teria que parar de trabalhar fora, e meu único emprego seria a minha família, em tempo integral. Embora não haja esperança de que a vida do meu esposo se estenda aqui na Terra, existe sempre a esperança da vida eterna com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O Salmo 31:24 (NVI) diz: “Sejam fortes e corajosos, todos vocês que esperam no Senhor.”

Theodora V. Sanders

4 de abril quarta

Luz solar

Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado. 1 João 1:7, NVI

Os sombrios meses do inverno passaram – pelo menos no Hemisfério Norte. Os dias estão ficando mais longos, os raios do sol se tornam mais fortes, o solo se aquece, e muitas coisas estão despertando para uma vida nova. A natureza começa a mudar. Tudo isso é maravilhoso, mas há outro lado a considerar. Os claros e dourados raios do sol, que causam essas belas mudanças na natureza, também têm um lado negativo. Nós, donas de casa, vemos de repente manchas e pó pela casa, e então começamos a limpeza da primavera. Quanto mais o sol entra em casa, mais cantinhos sujos descobrimos para serem limpos. A luz nos revela novas sujeiras.

Deus é como a luz. A natureza de Deus é luz e nEle não há treva (ver 1 João 1:5). A pessoa que se achega à luz de Deus se surpreenderá, ao perceber quão encardida e imunda se encontra. Quanto mais vivemos com Deus em Sua luz, mais e mais coisas descobrimos em nós que estão fora de ordem; mais vemos coisas em nossa vida que não são boas.

Acontece a mesma coisa nos relacionamentos humanos. Se procuro uma amiga e estou pronta para expor minha vida, serão reveladas coisas que devem ser limpas a fim de que a amizade tenha a chance de se desenvolver.

Nossa relação com Deus também precisa desenvolver-se. Mas não é humilhante confessar coisas diante das pessoas e diante de Deus? Que devo fazer com a sujeira? Naturalmente, Deus já sabe de tudo. Ele sabe em que condição me encontro porque me conhece completamente. E também tem a solução para o meu problema. O texto de hoje diz claramente: “Se, porém, andarmos na luz [...] temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.”

Somente se estivermos preparadas para confessar pecados e faltas experimentaremos o efeito terapêutico do perdão – em nosso trato com as pessoas e com Deus. Então não temeremos a luz solar, que deixa tudo visível. Poderemos desfrutar seus abençoados raios. Essa luz – a luz de Deus – será uma bênção para nossos relacionamentos humanos também.

Regina Fackler

5 de abril quinta

Mudando de direção

O Senhor te guiará continuamente [...]; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam. Isaías 58:11

Com que facilidade você muda de ideia? Ou de vocação? Ou de endereço residencial? Ou de caráter? Sabemos que Deus deseja que mudemos nosso caráter e promete capacitar-nos a realizar exatamente isso. Tudo o que precisamos fazer é cooperar com Ele, e não nos opormos aos Seus esforços para nos mudar. Mas isso é fácil? Às vezes, nem um pouco.

Eu costumava achar que a idade chegaria gradualmente, mas a idade me pegou um dia com um ataque cardíaco totalmente imprevisível. Eu era uma firme adepta de caminhadas e de excursões a pé por trilhas de montanhas. Mas, num dia surpreendente, como Paulo, fui interceptada e redirecionada. Agora só posso realizar tarefas simples. As advertências de “Não vá sozinha” me assombram em cada caminhada que faço fora da cidade. Paulo passou um tempo na Arábia, esvaziando totalmente seu ser daquela vida anterior de crime. Enquanto escrevo, percebo que já passei quase dois anos tentando compreender minha nova pessoa e conviver com ela, movendo-me numa direção mais apropriada. Mas é difícil!

Suponha que você tenha nascido e crescido no seio de uma família amorosa, expressiva, generosa e socialmente ativa. Depois de estar casada por algum tempo, você percebe que seu esposo herdou os traços opostos. Ele guarda seus desgostos para si mesmo, prefere ficar em casa a sair, não gasta dinheiro além do absolutamente necessário – você entendeu o quadro. Quão fácil seria, para cada um de vocês, mudar? Você aceitou o fato de que deve não só praticar o amor cristão, mas talvez ensiná-lo a seu marido? Independentemente dessas questões, o amor de Jesus atinge as maiores profundidades, e você é Sua discípula.

A resposta é a mesma em todos os desafios: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mateus 28:20). É importante permanecer junto de Deus: “O Senhor dos Exércitos está conosco” (Salmo 46:11). Precisamos ter fé em Seu auxílio: “Espera em Deus, pois ainda O louvarei, a Ele, meu auxílio e Deus meu” (Salmo 42:11). A seguir, precisamos fazer a divulgação! “Proclamei as boas-novas de justiça na grande congregação; jamais cerrei os lábios, Tu o sabes, Senhor” (Salmo 40:9).

E, por fim, temos a promessa de hoje. Com Ele, você pode mudar de rumo, conforme for necessário.

Louise Rea

6 de abril sexta

Bondade e TPM

Tudo posso nAquele que me fortalece. Filipenses 4:13

A bondade não é algo fácil para mim durante certo período do mês. Os hormônios parecem ficar furiosos, deixando meus nervos à flor da pele. Consciente disso, por vários anos evitei resolver questões polêmicas e tentei reduzir minha comunicação com as pessoas durante esse período.

Num desses dias cruciais, um amiga veio à minha casa para trocar ideias acerca de um programa de mestrado no qual desejava inscrever-se. Minha paciência, que normalmente não é grande, estava quase inexistente. Questionei-a de maneira direta e asperamente lhe dei minha opinião.

“Objetiva como um homem”, declarou minha irmã após o incidente. No fim da tarde, quando uma das minhas irmãs veio à minha casa, ela comentou que eu a estava tratando com descaso; não com rudeza, simplesmente com muita indiferença. Expressei meus sentimentos, enquanto me esforçava para controlar minha irritação não provocada. Minha outra irmã, que havia presenciado a conversa com a amiga, confessou que achou um tanto exagerada a minha objetividade. “Receio que sua amiga tenha se assustado com sua atitude”, observou ela. Minhas irmãs concordavam que eu devia falar com minha amiga e explicar a situação.

Orei a esse respeito antes de ir para a cama e Deus me ajudou a recordar o Seu propósito em me permitir acesso ao conhecimento mediante estudos de pós-graduação. Uma das razões era poder ajudar as pessoas que me procurassem. Também me lembrei de um texto segundo o qual todo conhecimento que temos além daquele que outros têm, nos traz a obrigação de partilhá-lo. Não importa de que natureza seja, são dons que devemos partilhar. Depois de ler isso, fiz um pacto comigo mesma no sentido de repartir o conhecimento que adquirisse. Aquele era o momento de corrigir a situação.

Na manhã seguinte, gravei num disquete alguns exemplos de projetos de pós-graduação e fui à casa da minha amiga. Ela me recebeu com alegria. Dei-lhe o material e expliquei o que havia acontecido no dia anterior, prometendo ajudá-la tanto quanto possível.

Ao sair, sentia-me melhor, sabendo que estava partilhando uma pequena parte do objetivo que Deus tinha para mim. Esse propósito fez toda a diferença no meu dia.

Iani Dias Lauer-Leite

7 de abril sábado

Meu próprio GPS

Eu o conduzi pelo caminho da sabedoria e o encaminhei por veredas retas. Provérbios 4:11, NVI

E uestava atrasada de novo e precisava chegar ao aeroporto. Meu esposo estava retornando de reuniões em Londres. Bem, preciso contar-lhe que, desde menininha, amo aeroportos e a multidão de pessoas que esperam ver seus queridos. Gosto de observá-las sorrindo, rindo, abraçando-se, chorando e falando aquelas coisas triviais da interação. Minha cena favorita: as portas se abrem e a pessoa esperada passa por elas – os olhos perscrutam a multidão, e aí a face se ilumina com um sorriso; você corre e abraça a pessoa.

Sabe, nós moramos na Coreia, e o limite de velocidade é 90 km por hora, uma boa diferença em relação com os 120 km por hora na minha terra natal, África do Sul. Parece que todos os carros na Coreia têm um GPS que avisa sobre o próximo radar oculto – todos os carros, isto é, com exceção do nosso. Então, decidi ficar esperta e seguir outro carro. Enquanto disparávamos pela rodovia na direção do aeroporto, eu me sentia um tanto orgulhosa de mim mesma por essa magnífica ideia. Agora, tinha até certeza de que chegaria em tempo. Imaginei as portas se abrindo, nossos olhos se encontrando e o sorriso contagiante do meu esposo.

De repente, outros pensamentos se intrometeram em meus devaneios. Perguntas pipocaram em minha cabeça: Será que o carro que estou seguindo tão cegamente tem GPS? O GPS dele está funcionando? O motorista vai obedecer a ele como espero que obedeça? Ele se importa em levar uma multa? Considerei minhas opções por um minuto e concluí que devia desacelerar. Suspirei com a ideia de chegar atrasada, mas me resignei com o fato.

Cheguei ao aeroporto com alguns minutos de atraso, e descobri que o voo do meu marido também estava atrasado. Minha espera de três horas me deu tempo de sobra para considerar algumas realidades. Percebi que, na vida, sou inclinada a correr atrás de um GPS da minha própria escolha quando, na verdade, Jesus é – ou deveria ser – meu GPS. Ele está sempre em ação. Ele sabe para onde vou. Também conhece o limite de velocidade. Se quero ultrapassá-Lo, Ele me ajuda a desacelerar. Ele sabe onde estão os radares escondidos ao longo da estrada da vida e os indica. Ele é meu guia. Seguir cegamente o GPS de outra pessoa significa um custo que simplesmente não tenho condições de cobrir. Dei graças ao Senhor por essa maravilhosa lição.

Maike Stepanek

8 de abril domingo

Cultivando a fé

O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce,
sem ele saber como isso acontece. Marcos 4:26, 27, NTLH

Recentemente ouvi um pastor dizer: “Precisamos cultivar a fé.” Mas um agricultor deve ser paciente, e nós podemos ficar muito impacientes. Queremos os resultados certos agora, porém Marcos 4 nos diz que Deus não trabalha desse modo. Gosto do princípio da semente e do mistério acerca de como Deus produz os resultados no tempo certo. Nossa função é espalhar as sementes e conservar-nos regados e enraizados em Sua Palavra – é isso que faz crescer nossa fé. Podemos descansar no fato de que a semente brota e cresce, pronta para a colheita no tempo perfeito de Deus.

Tenho visto esse princípio no crescimento dos meus filhos. Nossa filha mais velha, Allison, está no terceiro ano da universidade. Foram anos de trabalho árduo e dedicação para que ela chegasse a esse ponto. Se ela continuar fazendo a sua parte, creio que Deus dará oportunidades no momento certo, e ela verá alguns resultados frutíferos. Você poderia dizer que ela teve um desenvolvimento favorável e, por isso, estamos prevendo uma boa colheita.

Nossa filha mais nova, Morgan, tem autismo e enfrenta desafios desde pequenina. Ao longo dos anos, tem passado horas incontáveis com terapia ocupacional, comportamental e fonoaudiologia. Hoje tem 14 anos e, às vezes, ainda tem dificuldade para comunicar suas necessidades básicas. Durante esse tempo todo, eu sempre soube que, escondidas dentro de Morgan, há algumas sementes com muito potencial. Continuo fazendo o que Deus me deu para fazer, sem desistir jamais, assim como sei que Ele não desiste de mim. Confio plenamente os resultados a Ele. Confio no “mistério do reino de Deus” (Marcos 4:11), assim como o agricultor precisa confiar naquilo que está acontecendo sob a superfície do solo. Minha única responsabilidade é providenciar para que as condições de crescimento sejam tão favoráveis quanto possível.

Querido Pai, hoje planejo fazer apenas aquilo que me dás para fazer. Descansarei em Tuas promessas porque creio na Tua Palavra. A semente de mostarda “é a menor de todas as sementes sobre a terra; mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças e deita grandes ramos, a ponto de as aves do céu poderem aninhar-se à sua sombra” (Marcos 4:31, 32).

Tammy Vice

9 de abril segunda

Lições de uma palmeira

Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios. [...] Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na Sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. Salmo 1:1-3

Vários anos atrás, jubilamo-nos e nos mudamos para a Flórida. De lá para cá, temos observado uma característica interessante do Natal na Flórida. As palmeiras são muitas vezes enfeitadas para o Natal com fios de luzes brilhantemente coloridas, enrolados em volta dos troncos. Certo ano, notei duas palmeiras completamente decoradas, tanto no tronco quanto nas copas. Uma delas ficava na frente do “Palms of Sebring”, uma instituição que incluía asilo, cômodos independentes e cômodos para idosos que precisavam de acompanhamento. Creio que as lições que as minhas palmeiras ensinaram são apropriadas para o ano inteiro.

Quando nos mudamos para a Flórida, trouxemos conosco algumas tâmaras de Maryland. Ao consumi-las, guardei quatro dos caroços e os plantei em pequenos vasos no nosso quintal. Dois dos quatro brotaram e cresceram. Eu os replantei conforme a necessidade em vasos cada vez maiores. Posteriormente, passei um deles adiante e plantei o outro no jardim. A tamareira cresceu até ficar bem grande, chegando a ultrapassar o teto da nossa casa.

Minha vizinha, porém, plantou sua tamareira entre duas palmeiras grandes. Eu a avisei de que ela precisaria de mais espaço.

Vários anos passaram e a tamareira não cresceu além de um metro de altura. Permaneceu uma árvore pequenina entre duas palmeiras gigantes. Algumas pessoas do nosso loteamento tinham dificuldade para manter as palmeiras bem cuidadas – eram muito altas. Quando chegou uma empresa se oferecendo para comprar nossas palmeiras altas e substituí-las por outras menores, vários aceitaram a oferta. Entre as que iriam embora estava o conjunto das três – duas gigantescas e uma atrofiada no seu crescimento.

Assim como aquela pequena tamareira, nós, cristãos, precisamos de espaço para crescer espiritualmente. Precisamos tomar tempo cada dia para abeberar-nos da fonte de água viva e nutrir a alma com o pão da vida. Se não tivermos espaço para espalhar nossa copa espiritual, como aquela pequena tamareira, descobriremos que nos tornamos anões espirituais.

Naomi Zalabak

10 de abril terça

Uma estrela para Cristo

O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos. Provérbios 16:9

Los Angeles, Califórnia. Eu estava ansiosa, eufórica e sorridente. Mal sabia eu que aquela aventura seria um ponto decisivo em minha vida. Fui criada como cristã, firme. Cresci na igreja, trabalhei na escola cristã local e sempre tinha em mente um texto bíblico para cada ocasião. Mesmo assim, também tinha uma ideia maluca! Um desejo ardente! Uma paixão estrelada! Eu tinha o entretenimento correndo nas veias e simplesmente não conseguia me livrar dele. Queria ser comediante, e o único lugar para mim era Hollywood. Luzes! Câmera! Ação!

A realidade me recebeu em seguida, quando desembarquei do ônibus da Greyhound apenas com as roupas numa mochila. Percebi que não tinha dinheiro, nem trabalho, nem lugar onde ficar. Achei que havia feito arranjos quanto à hospedagem antes de sair da Flórida, mas, como era meu hábito, dei um salto antes de olhar. Fui encaminhada à Associação Cristã das Moças e, por ocasião da minha chegada, houve uma espécie de tumulto, ou, deveria dizer, uma “acomodação espiritual”. Todos pareciam achar que eu estava ali em busca de emprego. Adivinha só! Consegui o emprego. Depois de consegui-lo, fui encaminhada a um abrigo para mulheres.

Foi nesse abrigo que me dei conta da minha verdadeira vocação. Quase todas as mulheres ali eram usuárias de drogas que tentavam livrar-se delas e se afastar das ruas. Enquanto me misturava com minhas recém-descobertas irmãs, percebi que tinha uma inclinação para servir. Ajudei mulheres a receber atendimento médico, a encontrar clínicas de reabilitação e, sim, até conseguir alojamento. Meu auxílio foi tão apreciado que me admitiram como voluntária do abrigo. Assisti a um seminário intitulado “Alcançando sua meta em 24 horas”. O apresentador declarou que, se uma pessoa identifica um objetivo e o persegue dentro de 24 horas, há 95% de chance de que chegue lá. Naquela noite, fixei meu alvo de estudar na universidade. E, sim, matriculei-me dentro de 24 horas.

Nunca me tornei estrela de Hollywood, mas sou uma estrela para Cristo. Hoje tenho mestrado em serviço social e continuo ajudando mulheres necessitadas. Quanto à ideia maluca, bem, sou uma comediante cristã, partilhando o dom do humor por meio de seminários, histórias infantis e palestras motivacionais. O Senhor dirigirá nossos passos, se permitirmos que o faça.

Charlotte S. Grant

11 de abril quarta

Olhe para cima

A Ti levanto os meus olhos, a Ti, que ocupas o Teu trono nos Céus. Salmo 123:1, NVI

Estávamos desfrutando a casa que havíamos adquirido, comprando móveis novos, pendurando quadros e providenciando outras decorações. Meu esposo estava feliz porque não precisaria levantar cedo para ir de carro para o trabalho – agora era só uma caminhada de cinco minutos. Eu estava entusiasmada porque nossa casa tinha muitos cômodos. Por fim, podíamos acomodar todas as nossas coisas. Tínhamos muito conforto. A vida era boa!

Então, Martin voltou do trabalho para casa e anunciou que havia sido despedido. Era um dos funcionários a serem dispensados. Fiquei tão chocada que meu estômago doeu. Como de costume, oramos, sabendo que Deus podia dar-nos paz e esperança. Ele o havia feito antes. Martin havia estado desempregado antes, e foram necessárias apenas duas semanas até que encontrasse trabalho. Assim, confiamos no Senhor, pensando que desta vez Ele faria a mesma coisa. Mas Deus deseja que aprendamos a ser mais pacientes. Precisamos continuar confiando nEle, mesmo quando não sabemos o que acontecerá a seguir. Martin preencheu formulário após formulário, esperando que levasse pouco tempo até encontrar um novo emprego. Cada dia, a caixa da correspondência trazia cartas de recusa ou sua carta sendo devolvida com o desejo de boa sorte no futuro.

Preocupamo-nos com as finanças por causa do pagamento adicional da nossa hipoteca. Martin aceitou trabalhos avulsos, nem todos relacionados com sua linha de atividade. Continuou procurando trabalho – enviando mais de 400 currículos, mas ainda sem resposta. Meses passaram, e ele começou a ficar impaciente e desalentado. Embora eu continuasse a animá-lo com as promessas de Deus, eu mesma comecei a duvidar. Mas não dizia uma palavra ou demonstrava nenhum sentimento negativo; só me colocava a chorar quando falava com Deus. E Ele respondeu a todas as perguntas do meu coração. Um hino me deu esperança e me fez prosseguir: “Confia em Deus, que Ele sempre te ouvirá. Confia em Deus, que Ele nunca falhará. Confia em Deus, que a negra nuvem passará. Oh, não duvides, mas confia em Deus.”

Estávamos numa situação angustiante quando Deus respondeu às nossas orações. Agora sabemos que, se enfrentarmos provas e problemas, poderemos dizer: É só olhar para trás, ver como Deus nos ajudou no passado e continuar olhando para cima!

Loida Gulaja Lehmann

12 de abril quinta

O raio caiu duas vezes


Ó Senhor, Tu és o meu Deus; exaltar-Te-ei a Ti e louvarei o Teu nome, porque tens feito maravilhas. [...] Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade. Isaías 25:1, 4

Certa noite, eu passava algum tempo feliz com duas das minhas netas, enquanto meu esposo estava ali perto, trabalhando no computador. As meninas queriam sair, mas estava caindo uma chuva leve, e então permaneceram confinadas, brincando dentro de casa. O chuvisco se transformou numa chuva forte e depois num aguaceiro. Ainda frescas na lembrança estavam experiências anteriores com temporais e apagões da energia elétrica – uma escuridão instantânea e as meninas gritando a plenos pulmões – e por isso eu mantinha perto de mim uma lanterna para ocasiões de furacão, pronta para acendê-la se fosse necessário.

Estávamos rindo e conversando, até que um terrível estouro interrompeu nossa diversão. Pelo som, parecia que era do lado de fora da porta. Um pouco assustada, fui olhar, mas não vi nada a não ser a chuva torrencial. Voltei para a cozinha onde estavam as meninas, mas dentro de minutos demos um pulo de susto, por causa de um estouro muito mais alto que o primeiro. Esse também dava a impressão de ter sido na frente da porta. Orei silenciosamente para que a tormenta passasse logo, e em pouco tempo a chuva diminuiu. A atmosfera pacífica foi um grato alívio, e na hora de dormir foi fácil relaxar. Fui para a cama, sem pensar em olhar de novo o lado de fora.

Acordei às 2h15 da madrugada. Curiosa para saber como estava a rua, espiei pela janela do quarto, e ali, do lado direito da casa, parecia que uma enorme árvore havia caído atravessada na nossa propriedade. Ai, não, não, não! pensei. Voltei para a cama, porém me virei e revirei até o raiar do dia, e então fui para fora, ansiosa. Para meu espanto, não só havia caído aquela árvore, mas um galho de árvore carregado de folhas caíra do lado esquerdo do jardim e alcançava a rua. Nenhuma árvore ou galho se via em todo o restante da rua. Fui rapidamente contar ao meu marido.

Ao longo daquele dia, reconheci quão afortunados fomos por ter o raio atingido apenas as árvores! Estivemos muito próximos do perigo, pois a cozinha ficava a meros sete metros das árvores que haviam sido atingidas. Contudo, Deus nos protegeu durante aquele temporal, assim como Ele o faz durante as muitas tempestades – espirituais, físicas, emocionais – que nos assolam a vida.

Íris L. Kitching

13 de abril sexta

Legado de fé

Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:8, 9

A fé faz parte da vida cristã, do início ao fim. Como instrumento através do qual o dom da salvação é recebido, a fé é distinta da base da salvação, que é a graça, e do resultado da salvação, que são as boas obras. Efésios 2:8 e 9 confirma a minha crença na salvação. Por esse motivo, ponho-me de joelhos diante do Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

Tudo isso me conduz ao dom de um legado de fé que deixamos para as gerações que nos sucedem. Nossa família, ao longo de cinco gerações, tem recebido esse legado de fé dos nossos pais – e que dádiva, que herança temos para deixar aos nossos filhos e aos filhos deles! Somos muito abençoados. Deixará você esse dom a seus filhos e às gerações que virão?

É através da nossa fé em Jesus e nossa crença de que Ele nasceu de uma virgem, viveu como exemplo e morreu na cruz, que nossos pecados são perdoados. Ele pagou o preço do nosso pecado, de uma vez por todas. Hebreus 11:6 diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam.” Que é fé? É uma atitude confiante para com Deus, envolvendo submissão à Sua vontade para a nossa vida. Hebreus 11:3 nos diz: “Pela fé, entendemos que foi o Universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” Creio que, quando Deus nos criou, Ele plantou a fé dentro de nós, para que O amássemos e confiássemos nEle em todas as coisas. Sabemos que Deus é o único em quem podemos confiar. As pessoas deixam a desejar, simplesmente porque são humanas, e não podemos depositar confiança total em seres humanos, pois seremos decepcionados.

Vez após vez, quando Lhe damos a oportunidade, Jesus prova que Ele nunca falha, não importa quais sejam as circunstâncias. Encontramos em João 3:17: “Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.” Esse é um legado que qualquer pessoa deveria sentir-se feliz por receber. A Deus seja toda a glória!

Margaret Duran

14 de abril sábado

Destino: Céu

Sigam o que é bom. Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito.
Romanos 12:9, 10, NTLH

Sonny (21 anos de idade) estava doente, com um incômodo resfriado. Nunca sei por quanto tempo ficaremos dentro de casa por ocasião das enfermidades dele, e por isso concluí que seria uma boa ideia fazer cartões com “A Arte de Sonny” para nos ocuparmos durante o período de festas. Na véspera do Natal, levamos os papéis para serem fotocopiados. Sonny usou a caneta de Kyla para assinar seu nome no original. Então, com um sorriso radiante, Kyla passou a fazer 525 cartões. Exatamente uma semana antes, Sonny havia dado a Kyla um exemplar do livro Sussurros do Céu, como presente de Natal. “Vou guardar este livro com carinho, para sempre”, disse ela orgulhosamente, enquanto me abençoava com um abraço!

As pessoas amam Kyla facilmente. Ela transborda com genuíno respeito e bondade para com todos, e, espiritualmente, eu a via como outra santa fazendo estágio. Durante os últimos 10 meses, ela havia ajudado a preparar 400 exemplares de “Nossa Viagem Através do Tempo com Sonny”. Pelo andar da carruagem, Kyla sabia que o livro de Sonny iria parar nas mãos de algumas pessoas muito influentes. Ela, também, desejava que nosso livro fosse perfeito, e ele é perfeito o suficiente para que o Senhor o use segundo Sua vontade. Por ocasião da minha última encomenda, Kyla desculpou-se porque havia perdido a conta e fez vários livros a mais. Eu disse: “Querida, sabemos para quem estamos trabalhando, e isso não foi um erro. Jesus sabe que esses livros vão para algumas pessoas muito especiais.”

No dia 3 de janeiro, o segundo dos cartões de Sonny estava pronto para ser fotocopiado, mas Kyla não se encontrava em seu local de trabalho. Descobrimos que Kyla, com 21 anos de idade, ficara doente no último dia do ano e falecera dois dias depois, com uma gravidez tubária. Você não imagina o pesar que nos cortou o coração e o coração de todos os que a conheciam e amavam. Enviei uma cópia do livro de Sonny para os pais de Kyla. E, com espírito afetuoso, estou aguardando confiantemente a hora de apresentar Kyla e sua família a você, no Céu. Não importa o que acontecer em sua vida, esteja pronta para partilhar o amor de Deus com alguém.

Deborah Sanders

15 de abril domingo

Toda família é preciosa

Porém eu e a minha família serviremos a Deus, o Senhor. Josué 24:15, NTLH

Nos relatos de vida familiar registrados na Bíblia, vemos uma representação de Jesus e Seu amor por nós, Seus filhos. Como é triste o fato de que o pecado tenha destruído a felicidade já bem no início deste mundo. Sem dúvida, Adão e Eva amavam um ao outro e aos filhos com os quais foram abençoados. É trágico que um filho tenha sentido tanta amargura contra seu irmão a ponto de matá-lo. O relato bíblico conta que, primeiro, Caim se afastou de Deus e permitiu que a ira e a amargura entrassem em sua mente. Deus quis ajudá-lo. Mas ele O rejeitou.

O pecado sempre introduz cunhas entre as pessoas – incluindo, infelizmente, as famílias. Essas barreiras podem ser ciúme, ódio, censura ou uma lista infinita de outros problemas. Satanás tem como alvo as famílias, para dividir e debilitar aquilo que Deus desejava que fosse forte. Você pode conhecer lares na comunidade e na igreja, ou lamentavelmente entre seus próprios familiares, nos quais o amor e o perdão deixaram de existir.

Assim como Adão e Eva, alguns pais criaram os filhos de modo a que conhecessem Jesus, só para vê-los mais tarde, na vida, se voltarem contra a igreja e perderem a fé na Palavra de Deus. Eles frequentemente mudam seu modo de encarar a vida e os outros, e isso pode afetar a forma de instruir espiritualmente os próprios filhos.

Você já teve um fardo espiritual no coração, relacionado com alguma pessoa? Na maioria dos casos, essas circunstâncias estão fora do seu controle, mas têm o poder de trazer sombras e de minar a energia e a felicidade da sua vida. Sendo nossos filhos e netos tão preciosos para nós, mais do que qualquer coisa desejamos que estejam preparados para encontrar Jesus. Anime-se e obtenha conforto com as promessas de Deus, pois Ele disse: “Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei” (Hebreus 13:5, NTLH). Isso significa que precisamos incluir Jesus em cada pensamento e momento de ansiedade, relacionado com preciosos membros da família.

Nosso Pai celeste compreende o coração dolorido dos pais. Ore diligentemente para que o Espírito Santo atue na vida de seus filhos, a fim de que encontrem paz ao aceitar Jesus como Salvador, o único que pode acabar com a amargura, promover o perdão e restaurar relacionamentos avariados e corações feridos.

Lyn Welk-Sandy

16 de abril segunda

Malhada, a gata

Então vocês vão Me chamar e orar a Mim, e Eu responderei. Jeremias 29:12, NTLH

Eu a chamo de Malhada, porque ela é uma gata colorida, com manchas de cor cinza, preta, branca e laranja. Ela vem me encontrar toda vez que volto para casa. Esfrega-se nas minhas pernas. Rola no chão e expõe sua peluda barriga, com as quatro patas erguidas. Ela se submete a mim, demonstrando respeito.

Malhada corre na minha frente quando saio para caminhar, indo e voltando diante dos meus pés. Se a repreendo por tentar me fazer andar com mais lentidão, ela se rola, submissa. Dou risada toda vez que a vejo fazendo isso. Frequentemente, ouço sua aguda voz na porta da frente ou diante de uma das janelas. “Estou ouvindo, Malhada”, digo-lhe, em resposta ao seu miado.

Outro dia, encontrei um cartãozinho que minha filha havia enfiado num diário que ela me deu de presente. Era a figura de um gato amarelo que se havia deitado de costas, com as patas para o ar. Ao lado estavam as palavras: “Deus ouve até a voz mais fraquinha.” Colei o cartão na página do meu diário naquele dia, um dia que havia sido longo e frustrante. Sob o cartão, escrevi estas palavras: “Ah, meu Deus, hoje à noite me sinto impotente como este gatinho. Agora, como o gatinho, eu me deito e me submeto a Ti como meu Mestre. Clamo a Ti agora. Podes ouvir minha fraca voz. Conheces minha dor, tristeza e cuidados, neste momento. Prometeste ouvir quando eu chamasse. Muito obrigada, Senhor!” Depois, copiei o seguinte texto de Caminho a Cristo, página 100:

“Conte sempre ao Senhor acerca de suas necessidades, alegrias, tristezas, cuidados e temores. Você não conseguirá sobrecarregá-Lo; não O poderá cansar. Aquele que conta os cabelos de nossa cabeça não é indiferente às necessidades de Seus filhos. [...] Seu coração amorável se comove com nossas tristezas, e quando falamos delas. Entregue-Lhe tudo quanto causa insegurança em você. Coisa alguma é muito grande para Ele, pois sustenta os mundos e dirige o Universo. Nada do que, de algum modo, se relacione com a nossa paz é tão insignificante que Ele deixe de observar. Não há em nossa vida nenhum capítulo demasiado obscuro para que Ele não o possa entender; dificuldade alguma por demais complicada para que a possa resolver. Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma que lhe perturbe a paz de espírito, nenhuma alegria que possa ter, nenhuma oração sincera que lhe escape dos lábios, sem que seja observada pelo Pai celeste, ou sem que Lhe atraia o imediato interesse.”

Dorothy Eaton Watts

17 de abril terça

A compensação de Deus

Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. 1 Coríntios 10:13, NVI

Como seres humanos, provavelmente tememos a dor mais do que a morte. Isso é natural, e a dor não é, certamente, uma experiência pela qual alguém escolha passar. Para aqueles que amam a Deus, porém, existem algumas bênçãos ocultas nesse tipo de experiência.
Um longo tempo na cama, sem nenhum tipo de exercício, em breve causa transtornos no sono. Muitas vezes cochilo durante o dia, mas as noites são intermináveis e a dor sempre parece pior no escuro. Jó disse que Deus “inspira canções de louvor durante a noite” (Jó 35:10), e Paulo e Silas certamente encontraram alívio da tortura de suas laceradas costas enquanto cantavam à meia-noite na prisão de Filipos. Todavia, nem sempre é possível cantar, especialmente se outros estão dormindo na casa. Felizmente, existem outras maneiras mais silenciosas de ocupar a mente e, assim, abrandar a dor.

Eu costumava manter um bloco de anotações e um lápis ao lado da cama, e passei muitas horas noturnas escrevendo artigos para o devocional da mulher, compondo poemas e cartões ocasionais de estímulo para amigas que passavam por períodos difíceis.

Com frequência, Deus me traz à mente textos inspiradores e confortantes da Bíblia e citações animadoras dos meus livros devocionais preferidos, os quais me dão esperança e uma confiança mais profunda na guia de Deus para a minha vida. A paz mental resultante traz também alívio físico.

E que conversas temos tido, Deus e eu! Ele fica muito perto e ouve com tanta paciência! Embora eu nunca ouça uma voz audível, meu coração ecoa Suas respostas às minhas infindáveis perguntas. Não há prazos para cumprir, e essa comunhão sem pressa é doce.

Talvez o resultado mais duradouro dessa experiência tenha sido um caminhar mais próximo com meu Salvador e uma esperança renovada em Sua breve volta para levar-nos para o lar. Louvo a Deus pelas “canções de louvor durante a noite”, pelo gentil empurrãozinho para anotar pensamentos que podem ajudar outras pessoas, pelas preciosas promessas de Sua Palavra, e por uma doce e calma comunhão com Ele. A resultante paz mental é, realmente, uma compensação de Deus!

Revel Papaioannou

18 de abril quarta

Brilho no rosto

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz. Números 6:24-26

Foi apenas um breve e sagrado momento com o esposo, o filho e a nora, antes de ela ser levada para a sala de cirurgia. Na quietude daquela manhã, ela havia falado palavras de conselho e conforto para a família. Com relação ao filho e à esposa dele, animou-os a viver em paz e em fidelidade mútua. Para o esposo, disse palavras de conforto e amor. Ela acertou as coisas com cada um e eles fizeram a mesma coisa em relação a ela. Com perdão e amor recíproco, beijaram-se, abraçaram-se e oraram juntos.

Então o esposo, notando o brilho no rosto dela, declarou: “Querida, você está linda!” Mais tarde, ele nos disse que, a despeito de todo o sofrimento que ela enfrentara, tinha uma aparência bonita. Eu lhe disse que a paz de Deus estava em seu rosto e no coração.

Sabe, minha amada irmã viveu apenas quatro horas após a cirurgia, e nessas horas esteve em coma. Aqueles belos momentos que passou com a família foram a última vez para cada um, mas foram momentos serenos e belos, com a bênção de Deus prometida no texto de hoje.

Gosto de observar as pessoas, saber quem são e fazer novas amizades. Existem rostos diferentes, com diferentes expressões e linguagem corporal diferente. Gosto de ver os inocentes rostinhos infantis nos braços das mães e examiná-los para ver com quem se parecem. Aprecio muito encontrar amigos dos meus tempos de escola e procurar rostos conhecidos que podem ter mudado com o passar dos anos.

É interessante notar que, enquanto os bebês crescem, ocorrem mudanças em sua face; suas expressões refletem o que já aprenderam. É triste que, para muitos, a inocência desaparece e, em seu lugar, surgem o temor, a insegurança, o ódio e o orgulho. Tenho descoberto rostos que irradiam paz, segurança, gentileza, amor e humildade. Eles se misturam alegremente com outros, tratando todos como irmãos e irmãs. Estão prontos a ajudar. A própria presença deles é um convite à harmonia e boa vontade.

Ao nos olharmos no espelho cada manhã, vemos uma face que foi lavada pelo sangue de Jesus? Vemos o brilho da paz, a presença de Deus que perdoa e nos salva? Que a bênção prometida de hoje seja sua, cada dia!

Birdie Poddar

19 de abril quinta

Getsêmani

O meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Filipenses 4:19

Meu casamento de 18 anos desmoronava. Num sábado à noite, na igreja, enquanto minha filha Yvette fazia uma apresentação sobre temperança, tive uma sensação dolorosa no abdômen. Quando entramos em casa, meus piores temores se confirmaram. Meu esposo nos havia deixado para sempre. Um ano tumultuado mais tarde, o divórcio estava feito, e fiquei com a casa na Carolina do Norte. Naquela época, morávamos em Fort Leavenworth, Kansas. Assim começou minha experiência do Getsêmani.

Aluguei um grande caminhão para fazer a mudança da família de cinco pessoas. Minhas duas filhas mais velhas estavam no Colégio União, em Lincoln, Nebraska. Assim, contratei dois homens para que carregassem o caminhão e o dirigissem até Lincoln, onde ficamos uns poucos dias. Eu temia a viagem para a Carolina do Norte. Meu estado mental era tão frágil que me convenci de que podia fazer a viagem com 350 dólares, uma carteira de habilitação vencida, multas vencidas e sem pneu sobressalente no carro. Meu filho Mario tinha apenas dois anos de experiência ao volante, mas me convenceu de que poderia ajudar a dirigir.

Na manhã seguinte, abri a Bíblia na promessa de Romanos 8:28: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” Após o desjejum e momentos de oração, embarcamos – Mario, Claudia e Nicolette no caminhão, e Linda e eu no carro. Despedimo-nos de Sonia e Yvette e nos pusemos a caminho.

Devido a um pneu em mau estado no caminhão, fomos a uma garagem em Liberty, Missouri, para o reparo. Por causa disso, deixamos Kansas City para trás. Quando paramos para o pernoite, soubemos que a área por onde teríamos passado tinha sido inundada. Na Virgínia Ocidental, fomos parados por um policial rodoviário, mas ele não pediu minha carteira de habilitação.

Cada manhã e cada noite eu abria a Bíblia ao acaso, em busca de uma nova promessa. Agradecíamos a Deus a proteção na viagem e Ele, fielmente, me dava a certeza de Seu infalível amor e proteção. Viajamos durante cinco dias e quatro noites.

Quando chegamos, restava só um dólar dos 350. Havíamos percorrido 2.040 quilômetros sem incidentes. Como nos sentimos gratos por estarmos em casa! Nosso Deus inspira reverência.

Wilma C. Jardine

20 de abril sexta

Momento de reflexão

O Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor! Jó 1:21
Hoje estou no módulo reflexivo, como resultado de uma série de experiências que enfrentei em dias recentes.

Meu querido amigo, que se encontra em estado terminal, parece viver o último trecho de sua jornada. Foi um médico brilhante e tinha muito mais a oferecer ao campo da medicina. Agora jaz na cama, aguardando, já que o conhecimento médico, aparentemente, falhou com ele. Só posso orar em seu favor.

Na semana passada, morreram quatro rapazes da universidade que meu filho frequenta; três deles, carbonizados num acidente automobilístico. O quarto sucumbiu a uma variante da anemia falciforme, mais uma vez um aparente fracasso do conhecimento médico. Tenho certeza de que cada um desses estudantes tinha planos de deixar grandes pegadas no mundo, e seus pais deviam estar aguardando a formatura com expectativa, para colher a recompensa de seus labores. Não ouso dizer que compreendo como os pais se sentem, porque não compreendo. Só posso ter empatia e fazer uma prece por eles.

Ontem à noite, recebi um e-mail contando que uma prima, que havia se aposentado no início do ano, morreu com um fulminante ataque cardíaco. Estava sozinha em casa e foi encontrada alguns dias após sua morte.

A ironia é que eu havia mandado e-mails para ela depois de ela ter morrido. Havíamos conversado uns poucos meses antes, e ela me contara acerca das despedidas e homenagens que havia recebido em seu escritório.

Algum desses fatos faz sentido? Tomando a Bíblia em busca de conforto e respostas, eu os encontrei. Em 1 Coríntios 15:53, li: “Este corpo mortal precisa se vestir com o que é imortal; este corpo que vai morrer precisa se vestir com o que não pode morrer” (NTLH). Isaías 41:10 diz: “Não fiquem com medo, pois estou com vocês; não se apavorem, pois Eu sou o seu Deus. Eu lhes dou forças e os ajudo; Eu os protejo com a Minha forte mão” (NTLH). E aqui está Isaías 43:2, meu favorito: “Quando você atravessar águas profundas, Eu estarei ao seu lado, e você não se afogará” (NTLH).

Poderemos nunca receber algumas respostas nesta vida, mas que vivamos de tal modo que, algum dia, possamos falar com Deus face a face. Se você está passando por uma ou mais situações estressantes ou de crise, que Ele lhe dê a força de que você precisa para suportar e a fé para não questionar Sua sabedoria.

Cecelia Grant

21 de abril sábado

Oração no Getsêmani

Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos Seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”. Levou consigo Pedro, Tiago e João. [...] Fiquem aqui e vigiem.” Marcos 14:32-34, NVI

Aprecio a descrição de Marcos sobre a desesperada necessidade que Jesus teve de oração, bem como do apoio mediante oração que Ele encomendou aos discípulos. Ele lhes disse: “Sentem-se aqui enquanto vou orar.”

Então Jesus levou um pouco adiante Pedro, Tiago e João, Seus três guerreiros da oração. Pediu-lhes: “Fiquem aqui e vigiem.” Jesus foi um pouco adiante para orar. Ele Se sentia profundamente aflito e angustiado. Sua alma estava profundamente triste, com uma tristeza mortal (Marcos 14:32-42). Muitas coisas haviam motivado Sua jornada ao Getsêmani. Jesus precisava estar a sós com os discípulos; queria dizer-lhes abertamente quem era, e precisava falar com Seu Pai acerca do grande peso da cruz.

As mulheres da nossa universidade decidiram afastar-se das rotinas diárias e dedicar um fim de semana à oração. O tema do fim de semana as estimulou a clamar pela promessa de Deus, segundo a qual, se nos humilharmos e orarmos, se buscarmos a Sua face, e nos volvermos dos nossos maus caminhos, Ele nos ouvirá, perdoará e sarará nossa terra (ver 2 Crônicas 7:14).

As coordenadoras desafiaram umas às outras: “Façamos deste retiro o nosso Getsêmani, para onde possamos ir a fim de ficar a sós, umas com as outras e com o Senhor. Onde possamos estudar a Palavra de Deus e saber quem é o nosso Deus; onde possamos falar e comunicar-nos com nosso Pai celeste. Este é o nosso Getsêmani; portanto, irmãs, vigiemos com Jesus. Oremos como nunca oramos antes, e supliquemos para que o Espírito Santo torne nossa vida e nossos dons espirituais aceitáveis para o serviço de Deus.”

Minha oração é que cada dia nos humilhemos, indo ao Getsêmani da nossa escolha, e oremos. Isso nos elevará a uma altura especial em nossa experiência com Deus. Nossas igrejas precisam do nosso apoio através da oração. Nossas famílias precisam de nós, nossos países precisam de nós, para que oremos e vigiemos com vistas à vinda de Jesus. Não cochilemos nem durmamos. Conservemo-nos vigilantes. Jesus disse aos Seus discípulos: “Chegou a hora! [...] Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que Me trai!” (Marcos 14:41, 42, NVI). Vivemos em território inimigo. Permaneçamos despertas e orando incessantemente no Getsêmani.

Fulori Bola

22 de abril domingo

Eu primeiro

Ela disse: Dê-me Sua palavra de que a estes meus dois filhos serão concedidos os mais elevados lugares de honra no Seu reino, um à Sua direita, o outro à Sua esquerda. Mateus 20:21, The Message

Salomé não é a mulher mais conhecida na Bíblia, mas é uma figura importante. Lemos pela primeira vez a respeito dela no texto de hoje. Através de outras referências bíblicas, podemos deduzir que Zebedeu, seu esposo, era próspero, já que possuía uma empresa de pesca, com múltiplos empregados e barcos. Também vemos que Salomé era uma das mulheres que compraram especiarias para ungir o corpo de Jesus após a crucifixão. Marcos 15:40 e 41 diz que ela estava entre as mulheres da Galileia que “tinham seguido e servido a Jesus” (NVI). Lucas 8:3 diz que essas mulheres “ajudavam a sustentá-los com os seus bens” (NVI). Isso indica que ela era uma mulher de recursos e influência.

Conhecemos a história de Salomé indo a Jesus e pedindo que seus filhos recebessem cargos de influência e importância em Seu reino – um sentando-se à direita e outro à esquerda. Não há dúvida de que Tiago e João pediram que sua mãe fizesse isso, pois Mateus diz que ela foi a Jesus com seus filhos. Como você pode imaginar, o pedido não foi aceito favoravelmente pelos outros discípulos.

“Vocês não sabem o que estão pedindo”, diz Jesus a Salomé. Quando Jesus perguntou a Tiago e João se eles seriam capazes de entender o que esse pedido envolveria, eles tiveram certeza de que sim.

Tanto Mateus quanto Marcos colocam esse incidente justamente antes da semana da crucifixão. Assim, o que você supõe que Salomé, Tiago e João sentiram uma semana mais tarde, quando viram Jesus na cruz, com um homem à Sua direita e outro à Sua esquerda? Será que se lembraram de que Jesus havia perguntado: “Podem vocês beber o cálice que Eu vou beber?” (Mateus 20:22, NVI). E Jesus acrescentara, ainda: “Certamente vocês beberão do Meu cálice” (v. 23). Continuariam eles desejando ser os primeiros?

Às vezes pedimos coisas, posições ou relacionamentos sem noção do que estamos pedindo. Não pensamos nas possíveis consequências de dizer: “Eu primeiro”. Esta seria uma boa ocasião para ler o restante da passagem, na qual Jesus diz: “Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo” (Mateus 20:26, 27, NVI).

Ardis Dick Stenbakken

23 de abril segunda

Com chapéu

Vemos, todavia, Aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e de glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte. Hebreus 2:9, NVI

Era uma vez um desenvolto quinteto de amigas que, numa primavera, planejou tornar especial o sábado da Páscoa para sua amiga Diane. Ela havia passado por algumas semanas desagradáveis de químio e radioterapia e iria à igreja. Mas havia um problema: o bem conhecido efeito colateral da quimioterapia. A terapia, embora muito eficaz, havia levado embora seu belo cabelo vermelho-ouro. “Use um chapéu”, sugeriu alguém.

E assim começou uma corrente especial por e-mail. Todas as amigas de Diane foram convidadas a usar um chapéu naquele sábado. O plano se avolumou quando aquelas amigas pediram que outros membros fizessem a mesma coisa. Foi assim que, quando uma enchapelada Diane chegou à igreja, pelos menos outras 25 mulheres semelhantemente ataviadas a receberam com sorrisos de boas-vindas. Formavam, realmente, uma irmandade. Havia chapéus novos e chapéus emprestados, chapéus de feltro e de palha, chapéus de caubói e de festa, chapéus chamativos e singelos. Mas todos tinham um tema comum: amorável apoio a uma irmã corajosa.

Esse incidente fortalecedor da fé me fez recordar uma história semelhante, de um estudante do ensino médio, jogador de futebol da escola, o qual estava com câncer. Ele também perdera o cabelo. Quando voltou à escola, foi recebido pelo time de futebol completo, todos usando boné. Quando tiraram os bonés, cada um deles revelava uma cabeça recém-raspada! O rapaz não pôde deixar de rir.

As duas histórias enternecedoras são testemunhos da coragem e do apoio de que todos necessitamos, independentemente de idade ou gênero. Mas há uma terceira história de coragem, e seus poderosos “efeitos colaterais” excedem em muito essas histórias. Enquanto as duas primeiras contêm nuances de amor, esta é a essência do amor. Aconteceu há mais de 2.000 anos e vai muito além de espelhar os efeitos de uma alma sofredora. É a história que custou ao nosso Irmão celestial a dor e a desgraça de sofrer pelos pecados que nós cometemos. É a história que Lhe custou a vida. Bem, por causa dEle, passamos a apreciar os “efeitos colaterais” de Seu sacrifício carregado de vergonha. Temos a promessa de vida eterna com Ele!

Glenda-Mae Greene

24 de abril terça

Difícil demais para Deus?

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Salmo 91:1, Almeida antiga

Ao longo dos anos, tenho desenvolvido o hábito de escrever diários espirituais. Um dos diários é para as minhas orações e momentos devocionais com Deus. Depois, tenho meu Livro das Bênçãos. É nele que minha família e eu escrevemos e datamos nossos pedidos de oração, oramos por eles e depois anotamos e colocamos a data das respostas de Deus. E ainda tenho o meu Livro da Alegria. Prometi a mim mesma que, a cada noite, na hora de dormir, relacionarei pelo menos cinco coisas pela quais posso ser grata a Deus. Você pode perguntar por que passo tempo fazendo a crônica da minha jornada com Deus. Uma razão é algo que a autora Ellen White escreveu: “Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 443).

Tantas vezes, quando me sobrevêm provações, posso me esquecer de que sirvo a um Deus poderoso, o Deus a quem Abraão chamou El Shaddai, o Deus forte. E é em ocasiões em que as provas parecem além daquilo que posso suportar que preciso correr para o abrigo do Deus Todo-poderoso. Mais do que isso, porém, eu preciso demorar-me no Seu abrigo. Cada dia da minha vida preciso tomar tempo para passar com Ele, pois é nesse tempo de abrigo que encontro Deus e Sua força.

Há uma “coisinha” que faço quando enfrento provas. Examino a provação sob todos os ângulos e me pergunto: “Consigo resolvê-la?” Na maioria das vezes, a resposta é “não”. É grande demais, complicada demais. Simplesmente não posso superá-la. Então, em vez de passar dias e semanas preocupada com meu problema, tentando com todas as forças resolvê-lo, digo a Deus: “Senhor, este problema me apareceu, mas não consigo resolvê-lo. Ele veio para o endereço errado. É todo Teu.” É assim que entrego meus problemas para o Deus Todo-poderoso, o El Shaddai, o Deus capaz de fazer mais do que posso pedir ou pensar.

E é por isso que guardo meus diários. Quero me lembrar do modo como Deus tem conduzido minha vida. Não quero me esquecer jamais da Sua bondade e fidelidade para comigo. Pois, quando me lembro, a minha coragem é forte. Ele já fez isso antes. E o fará novamente.

Heather-Dawn Small

25 de abril quarta

O tempo da graça

Multidões, multidões no vale da Decisão! Pois o dia do Senhor está próximo, no vale da Decisão. Joel 3:14, NVI

“Hepzi, você já visitou o Grand Canyon?”, minhas amigas perguntavam. Quando respondia que não, elas diziam: “Vale a pena vê-lo. Você vai ficar encantada.” Eu anelava conhecer o Canyon desde que ouvira falar de sua grandiosidade, e meu sonho se cumpriu quando meu cunhado nos levou até lá. A 2.743 metros acima do nível do mar, apreciamos a magnificência do Grand Canyon e vislumbramos o rio Colorado, correndo lá embaixo.

Num dos pontos, embora quiséssemos ficar um pouco mais, decidimos ir adiante quando o ônibus chegou. Um grupo atrás de nós não conseguia se decidir sobre o que fazer. O veículo aguardou por 15 minutos com a porta amplamente aberta. Observávamos enquanto eles tentavam tomar uma decisão. Por fim, a porta se fechou. Surpreendentemente, o grupo então correu na direção do ônibus. Mas era tarde demais.

Senti pena do grupo que precisou esperar até que chegasse o veículo seguinte. Mas, quando me conscientizei da questão, percebi que a porta estivera aberta para que entrassem, com tempo de sobra. Eles haviam sido lentos para decidir. A consequência: perderam o ônibus.

Esse incidente me faz pensar nas pessoas que viveram enquanto Noé construía a arca. Por 120 anos, esse piedoso homem advertia a todos quanto a um dilúvio que viria. Convidou a todos para que entrassem na arca e se salvassem. Mas ninguém, fora da sua família, deu atenção ao aviso. Quando as chuvas vieram, o povo atemorizado batia na arca, implorando a Noé para que abrisse a porta. Ai deles! Era tarde demais!

Esse incidente também me faz lembrar daquilo que Jesus disse. Antes que Ele venha, as pessoas serão como aquelas que viveram no tempo de Noé, incapazes de tomar uma decisão acertada.

Em várias ocasiões, tenho falhado em tomar a decisão certa. Mas meu Pai celeste ainda espera por mim com os portais celestes amplamente abertos e com os braços estendidos. Ele me dá várias oportunidades. Sei muito bem que isso não continuará para sempre. O tempo para a minha decisão é agora, pois não sei quando minha vida chegará ao fim nem quando a porta da graça se fechará. Querido Senhor, ajuda-me a tomar agora a decisão certa de entrar pelos portais celestes.

Hepzibah Kore

26 de abril quinta

Deus está no controle

Bendirei o Senhor em todo o tempo, o Seu louvor estará sempre nos meus lábios. Salmo 34:1

Minha cirurgia do quadril foi muito bem. No dia seguinte, Terry e Nancy foram me visitar. A primeira coisa que Nancy perguntou foi: – Como está a dor? – Respondi: Não sinto nenhuma. – Ela disse: Louvado seja o Senhor! – Explicaram que ela e Terry haviam estado orando para que Deus me tirasse toda dor, e Ele atendeu o pedido delas.

Após minha permanência no hospital, fui mandada para um centro de reabilitação. Era um lugar muito bonito e todos eram ótimos. Todos os dias, eu tinha três horas de fisioterapia e terapia ocupacional. Um dia, a enfermeira da fisioterapia, Jena, e eu conversávamos sobre os milagres de Deus. Eu lhe havia contado a resposta à oração acerca da dor no meu quadril. Jena então contou a história de um milagre que acontecera com seu esposo.

Collin trabalha para o Departamento de Florestas. Geralmente, trabalha sozinho, mas naquele dia mandaram dois universitários para trabalharem com ele. Um dos estudantes cursava enfermagem e treinamento aeromédico. Quando ouviram trovoadas, Collin decidiu interromper tudo para não serem surpreendidos pela tempestade. Mas ele ainda estava junto a uma árvore quando um raio atingiu uma árvore do outro lado. O raio derrubou o tronco e chegou às raízes da árvore na qual ele estava, subiu pela árvore e entrou no corpo dele, queimando-o e jogando-o longe. Os dois rapazes correram até ele. Um começou a ressuscitação cardiopulmonar e o outro discou para o número da emergência. Collin havia parado de respirar, mas, graças à ação rápida dos dois, sua vida foi salva. O helicóptero-ambulância o levou para a unidade de queimados do hospital e alguém de lá telefonou para Jena. Quando ela chegou ao hospital, Collin estava entre a vida e a morte. Mas, com o atendimento médico, orações e a confiança em Deus, ele se recuperou completamente. Jena havia temido acabar sozinha para criar os filhos, pois tinha uma filha de 18 meses e estava grávida de um menino.

Jena e Collin são agradecidos porque Deus providenciou para que o auxílio necessário estivesse ali, na hora certa. Deus é bom e continua no controle de cada situação da nossa vida.

Anne Elaine Nelson

27 de abril sexta

Minha profissão favorita

Faze-me, Senhor, conhecer os Teus caminhos, ensina-me as Tuas veredas. Salmo 25:4

Durante minha vida toda, tenho sido uma pessoa criativa, que gosta de brincar. Eu amava crianças pequenas e sabia, desde a infância, qual seria minha profissão: trabalhar num jardim de infância. Meus pais, portanto, escolheram uma escola apropriada para os meus planos. Matriculei-me na área social e, para espanto da minha professora, cheguei a graduar-me com a nota máxima em serviço social! Mas era em coisas criativas que eu dava o meu melhor. Lembro-me da decoração do prédio escolar, desenhos, trabalhos manuais e concretização de ideias. Sim, na verdade era esse o meu mundo!

Minha vida, porém, tomou um rumo diferente. Depois do ensino médio, não frequentei a escola especial de preparo para tornar-me professora do jardim da infância. Por quê? Porque ali era obrigatório tocar um instrumento musical. E disso eu não gostava, de jeito nenhum!

Quando eu era criança, meus pais insistiram para que eu tocasse piano, e detestei. Mesmo assim, meus pais insistiam comigo. Isso me criou um desgosto por todo tipo de educação musical. Mas, sem frequentar a escola especial, eu não poderia tornar-me professora do jardim ou do berçário. Encontrei, todavia, uma profissão relacionada com minhas habilidades, embora não trabalhasse com crianças. Atuei no campo da propaganda, usando minhas habilidades manuais e talento gráfico. Mas ainda sonhava com minha profissão favorita. A razão pela qual as coisas aconteceram assim ainda me intrigava.

Deus, contudo, me deu agora uma resposta. Ele me ajudou a realizar um pouquinho do meu sonho. Por 20 anos, tenho tomado parte ativa no cuidado e ministério das crianças em minha igreja. Não me arrependo de um único dia. Sou responsável por todos os grupos infantis da igreja. Tenho montes de ideias, e até cantar faz com que me sinta bem!

Então, o que dizer da profissão que não pude praticar? Acho que Deus me deu o talento para trabalhar com crianças a fim de eu poder ajudar Sua igreja. Deus precisa mais de mim na igreja do que no jardim da infância da minha cidade.

Gosto do trabalho que Deus arranjou para mim. Sua intenção frequentemente difere daquilo que imaginamos. Mas Deus não comete erros.

Mesmo que não possamos entender, podemos confiar nEle.

Sandra Widulle

28 de abril sábado

Marta moderna

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. Provérbios 16:18

Esposas, mães e outros, com frequência, procuram dar conta de suas agendas agitadas fazendo muitas coisas ao mesmo tempo. Eu trabalhava meio expediente e cuidava da nossa casa, das crianças e de dois dos parentes idosos do meu esposo. Com pouca ajuda de outros, tornei-me a “Galinha Vermelha” da fábula, tentando fazer tudo sozinha.

Fiquei até orgulhosa de quão bem organizada eu era, até que os eventos de um dia me fizeram descer um degrau ou dois. Eu estava assando um bolo, cozinhando feijão e batatas, enchendo uma lavadora de roupa com água enquanto a outra lavadora já centrifugava, e secando roupas na secadora. Enquanto varria o chão, respondia às perguntas de um dos nossos dois filhos.

Nesse momento, meu esposo entrou e perguntou: – O que aconteceu? Eu estava trabalhando no caminhão e, de repente, uma quantidade de água caiu sobre minha cabeça e ombros, e encheu o carrinho de mão ao meu lado!

– Ai, não! – Corri para a lavanderia inundada. Fechando a torneira, respondi: – Você sabia que com essa máquina semiautomática a entrada de água tem que ser desligada manualmente? – Ele fez sinal com a cabeça.

– Bem, eu estava tão ocupada que me esqueci de conferir, e a máquina transbordou. Desculpe-me! – Ele aceitou meu pedido de desculpas. Concluí: “Às vezes, é possível realizar muitas tarefas ao mesmo tempo.”

Marta é, provavelmente, a personagem bíblica com a qual mais me pareço. Com sinceridade, trabalhar duro e cuidar de pormenores é bom. Mas nem Cristo trabalhava o tempo todo. Ele disse aos discípulos: “Vinde repousar um pouco, à parte” (Marcos 6:31).

Recreios ocasionais do trabalho me revigorariam. Os recreios me ajudariam a ser mais produtiva do que sou quando prossigo até o ponto da exaustão. E alguns dos recreios devem envolver o estudo da Bíblia, oração ou, simplesmente, sentar-se quieta, meditando. “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus” (Salmo 46:10).

Sim, ainda faço várias coisas ao mesmo tempo. Mas não tantas nem tão rapidamente como no dia em que a máquina de lavar roupa transbordou. A vida é muito melhor quando tomamos algum tempo para aspirar o perfume das rosas!

Deus pode ajudar-nos a encontrar o equilíbrio de que necessitamos na vida. Tudo o que precisamos fazer é pedir.

Bonnie Moyers

29 de abril domingo

Menos estresse

Aos Seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. Salmo 91:11

Minha única irmã, Jacklyn, conversava comigo pelo telefone celular, enquanto se exercitava numa academia em Indianápolis. Já passava das 22 horas, mas isso era normal para ela. Depois de alguns minutos, perguntei: – Você já está indo para casa?

– Acabei os exercícios e estou tentando pôr a chave nesta fechadura – disse ela. – Já tentei algumas vezes com o telefone em uma das mãos. Por favor, aguarde aí, enquanto coloco o telefone de lado.

Esperei. Por fim, meu telefone desligou. Tentei rediscar o número dela várias vezes, mas não houve resposta. Ali estava eu, tentando imaginar por que minha irmã, “desaparecera” de repente!

Uns 20 minutos mais tarde, liguei para a casa dela. Nada de resposta! Será que chamo meu filho, que mora na mesma cidade, para ajudar? pensei. E se ela foi atacada? Teria tido algum problema repentino de saúde, ficando impossibilitada de responder? Essas perguntas e outras mais continuavam rodando em minha cabeça. Finalmente, meu esposo sugeriu que orássemos a respeito.

Diante disso, lembrei-me de uma experiência estressante parecida. Numa determinada noite, antes da invenção dos telefones celulares, eu esperava o retorno do meu marido e de outros dois pastores, de uma viagem pelo traiçoeiro interior dominicano. Por volta da uma hora da madrugada, finalmente, liguei para a polícia. Um deslizamento catastrófico de terra havia ocorrido na parte do país onde eles estavam, fechando a estrada e interrompendo as conexões telefônicas. Graças a Deus porque Ele interviera!

O problema de Jackie com a chave estava relacionado com o guarda-roupa da academia, e não com o carro. Contudo, enquanto conversávamos, a bateria do telefone dela acabara, sem aviso. Mas ela estava bem.

Por que fiquei com tanto medo? Que preciosas certezas Deus nos dá! Conhecemos o Salmo 23, mas às vezes nos esquecemos da promessa: “Não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo” (v. 4). E o Salmo 91 literalmente me fez sobreviver a um terrível furacão.

Quero aprender a descansar em Deus sem reservas, e confiar em Suas promessas de proteção. Deve ser possível ter fé suficiente para evitar alguns desses tipos de estresse.

Gloria Josiah

30 de abril segunda

Um legado de família

Todos os teus filhos serão ensinados do Senhor; e será grande a paz de teus filhos. Isaías 54:13

Durante as décadas de 1930 e 1940, minha avó foi uma jovem mulher vibrante. Embora houvesse estudado só até a terceira série, tinha inclinação para aprender e estudar. Vovó amava a Bíblia e a lia todos os dias. Além disso, tinha a capacidade de memorizar qualquer coisa que estudasse. Deu, inclusive, nomes bíblicos à maioria dos seus filhos.

Vovó viveu com sua família numa das belas ilhas do Oceano Atlântico. Naquela época, nessa ilha, sua igreja ainda era classificada como missão. Isso significava que não tinha pastor. Nesse caso, os pastores eram enviados à ilha para ministrar conforme a necessidade, viajando dos Estados Unidos para lá por hidroavião.

Minha mãe me contou esta história sobre a vovó: Numa determinada semana, o pastor não chegou. No último minuto, a igreja precisou de alguém que falasse naquela manhã de sábado. Então, minha avó se levantou para falar. Seu nome era Ellen e, como outra Ellen – Ellen White – a quem considerava modelo, Deus a usou. Ela recitou o Salmo 119, todos os 176 versos! Levou duas horas para fazê-lo. A congregação ficou irrequieta porque estava demorando muito, mas ela continuou até concluir. Que proeza!

De algum modo, herdei um pouco dessa capacidade. No início do ensino fundamental, davam para mim os poemas mais longos para recitar, e eu conseguia memorizar as coisas que estudava durante o ano letivo. Por ocasião dos exames, recapitulava mentalmente e me lembrava de tudo o que havia estudado, obtendo, assim, a nota máxima nas várias matérias, a maior parte do tempo. Sou grata a Deus por todas as minhas habilidades na vida, porque creio que vieram dEle. Que o mundo veja Jesus em cada uma de nós! O que Ele tem pedido que você faça?

Agora, passei meu legado aos meus filhos. “Apenas tenham cuidado! Tenham muito cuidado para que vocês nunca se esqueçam das coisas que os seus olhos viram; conservem-nas por toda a sua vida na memória. Contem-nas a seus filhos e a seus netos” (Deuteronômio 4:9, NVI). Essa é uma responsabilidade que todas temos, de alguma forma. Sejamos fiéis no uso dos dons de Deus.

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