A CARNE COMO ALIMENTO NA BÍBLIA E TESTEMUNHOS
POR UMA VISÃO GLOBAL E EQUILIBRADA
OBJETIVO GERAL:
1. Reflexão sobre o assunto para compreendê-lo num
contexto mais amplo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Entender os contextos de parágrafos sobre a carne,
usados para liberar ou impor o seu uso.
2. Estabelecer clima de compreensão e tolerância para com
os que não adotaram ainda certos pontos da Reforma de Saúde como, por exemplo,
o vegetarianismo.
3. Estabelecer a harmonia entre textos aparentemente
contraditórios sobre o consumo da carne.
4. Propor uma educação mais completa da Reforma de Saúde
na pregação e testemunho pessoal.
5. Desestimular as críticas entre membros e liderança
nesta questão.
6. Incentivar a adesão de membros/pastores à Reforma de
Saúde de forma equilibrada.
O presente material não se
propõe a advogar ou promover a desconsideração para com as advertências de se
abster do alimento cárneo. Pretendemos entender de forma ampla e
contextualizada a mensagem da Reforma de Saúde, na Bíblia e nos escrito de
Ellen G. White, com enfoque na questão de qual deve ser nossa atitude para com
os que ainda adotam o regime cárneo.
A abstenção do alimento cárneo tem sido
alvo de conflitos pessoais e de consciência por parte de um bom número de membros.
Mesmo entre líderes, o extremismo e fanatismo dentro da igreja tem brotado,
através do qual muitos têm levantado a bandeira, ainda que ingenuamente, de
combate à mensagem da saúde ou, por outro lado, salvação pelas obras (no caso,
a abstenção do alimento cárneo). CSRA, 195, 196, 209, 210, 211, 353, 359.
Numa época de grande condescendência com
o apetite, os que têm luz sobre esse assunto da reforma dos hábitos de saúde
deveriam ser simpáticos e demonstrar espírito de tolerância e amor para com
aqueles que ainda não se “enquadraram” no seu padrão de temperança.
O REGIME ALIMENTAR ORIGINAL
01 – O
Plano Original de Deus excluía o alimento cárneo (Gen. 1. 29-30). Havia
abundância de alimentos em quantidade e qualidade. Nem os homens, nem os
animais deveriam comer carne. Mesmo após o pecado entrar no mundo o alimento
cárneo não foi autorizado por Deus. À entrada do pecado Deus estendeu o
cardápio original adicionando-lhe, além das frutas e sementes a “erva do
campo”. (Gen. 1:29; 3:18).
02 – Depois
do Dilúvio. Em Gen. 9. 3-4 vemos que
toda vegetação útil estava destruída. As águas do dilúvio se secaram após um
ano, um mês e um dia, e a terra só secou depois de mais um mês e vinte e seis
dias. Compare Gen. 7.11 com 8.13-14. Portanto, não houve tempo para as arvores
frutíferas crescerem e produzirem. A liberação divina para comer carne abrangia
animais limpos já providos para esse fim (Gen. 7.2-3).
03 – O
Plano de Deus para Israel. Exo. 16. 2-4, mostra que quando o povo murmurou
pedindo carne Deus respondeu a contra gosto, dando-lhes cordonizes (V. 12,13)
mas também introduziu o alimento ideal, o maná (V. 15a – 21). A desaprovação
divina ficou evidente quanto ao alimento cárneo por varias razões, duas delas
estão aqui destacadas:
A – Somente
o maná permaneceu, as cordonizes foram retiradas.
B – Quando
o povo pediu mais carne esta lhe foi dada, mas junto com a conseqüência da
morte. Num. 11. 4-19 e 31-34.
Não era
plano divino que se usasse a carne como alimento, mas devido ao desejo do povo
o Senhor indicou o tipo de carne que deveria ser consumida em Lev. 11. Como já
havia feito nos dias de Noé (Gen 7. 2-3).
Por outro
lado, embora o Senhor desse o maná por 40 anos ao Seu povo no deserto, permitiu
que após haver experimentado os benefícios desse novo regime sem carne,
pudessem decidir por si mesmos como seria sua alimentação liberando e
regulamentando o uso da carne de animais limpos. O único ponto no qual Deus foi
irredutível foi na questão dos animais imundos.
04 – Deus
compreendia e aceitava as pessoas apesar de terem um regime alimentar não
vegetariano:
A – Os sacrifícios
expiatórios, as porções dos sacerdotes, a páscoa, os corvos de Deus alimentando
Elias com pão e carne, etc.
B – Jesus
multiplicou peixes para a multidão duas vezes, demonstrando compreensão divina
neste assunto e que a aceitação do crente no Reino de Deus é independente do
assunto da carne salvo por condescendência com o apetite que leva a gula e
exclui do Reino (Gal. 5.21).
C – Jesus
comendo peixe com os discípulos (Luc. 24. 41-43 e DTN, 768, 1), mostrou a
compreensão e paciência de Deus.
D – A
recomendação apostólica estava rigidamente ligada ao texto bíblico daí condenar
o sangue, a carne sufocada, evitar as sacrificadas aos ídolos, porém não proibia
o uso da carne limpa (Atos 15. 19-20, 29)
05 – Em
nossos dias temos na Igreja Adventista a orientação profética sobre o assunto
da santidade do corpo, e da saúde que abrange também o tema do uso da carne.
RAZÔES PARA AS FORTES
DENÚNCIAS CONTRA A CARNE
- Regime
mais popular envolvia era composto de carne, gordura, amido e doces.
(Conf. SDABC, vol. X, 390), comiam “carne em alta escala” no país.CSRA, 412.
- A
forte resistência e ataques que membros e pastores faziam à Reforma de
Saúde. CSRA, 401.
MALEFÍCIOS DO ALIMETO
CÁRNEO
- A
condescendência com o apetite gera doença e temos o exemplo do antigo
Israel não renunciando o desejo de carne, vindo então a peste. CSS, 141.
- Uma
reforma é necessária nesta questão da saúde, pois a carne põe em perigo a
saúde física, mental e espiritual. CSS, 575.
- Muitos
dos meio convertidos nesta questão sairão do povo de Deus. CSS, 575; CSRA,
382.
- Moléstias
dos animais são transmissíveis. CSRA, 384.
- Estimulantes
das paixões carnais junto com a manteiga. CSRA, 48 e 395.
- Câncer
transmitido pela carne. CSRA, 384 e 388.
- Inabilita
(o uso da carne) para cargos nas instituições, quando a pessoa rejeita
obedecer à luz que têm. CSRA 415 e 416.
- Há
influência negativa dos carnívoros sobre as pessoas. CSRA, 404.
Muitos
outros pontos negativos sobre a carne, alimentos animais e outros danosos à
saúde poderiam ser aqui adicionados, estes, porém, foram apresentados como uma
amostra da seriedade da questão.
OS
MINISTROS E O ALIMENTO CÁRNEO
O
DEVER DOS MINISTROS
1. Devem ser estritamente temperantes no comer e beber. CSRA, 382.
2. Devem despertar o povo e dar bom exemplo em não comer carne. CSRA, 399.
3. A responsabilidade de vencer o apetite pesa sobre todos e em especial sobre os ministros. CSRA, 54.
RESULTADO DE REJEITAR A REFORMA DE SAÚDE E NÃO
APOIÁ-LA
1. Não serem separados como mestres do povo enquanto
ensino e exemplo contradiz, por falta de interesse devido à
condescendência, a mensagem sobre a
reforma pró-saúde (não só carne)
CSRA, 453,454.
RESULTADO DE CONTINUAR ACOMER CARNE POR APETITE
PERVERTIDO
1. Unir-se a outros pela condescendência em comê-la, onde há abundância de frutas e
verduras, pode, possivelmente,
abalar a confiança no ministro. CSRA, 402.
2. A condescendência
de ministros pagos pelo dízimo com o apetite
pervertido nessa questão é desprezo pelas advertências de Deus e prejuízo
para a saúde. CSRA, 404.
A ATITUDE DE ALGUNS MINISTROS NOS DIAS DE E. G. WHITE
1. Alguns ministros demonstravam pouco interesse na reforma pró-saúde devido a condescendência. CSRA, 453.
2. Muitas pessoas e alguns ministros têm demonstrado pouca consideração para com a
Departamento de Reforma de Saúde, por não verem a relação da Reforma de Saúde
com a mensagem. CSRA, 73
3. Em 1904 muitos ministros
não seguiam a reforma pró-saúde apesar da luz dada. CSRA, 288.
A REFORMA ENVOLVE MAIS DO QUE CARNE
1. Ar puro: respiração correta, ambiente arejado, ventilação
natural para enfermos, passeios ao ar livre, fuga de lugares poluídos.
2. Luz solar: exposição diária, tempo de exposição, horário de
exposição, exposição de roupas e de partes internas da casa.
3. Abstinência: café, chá preto, carnes imundas, cigarro drogas,
bebidas alcoólicas, por peculiaridades pessoais.
4. Água em
abundância: beber suficiente e limpa,
banhar-se diariamente, lavar roupas e utensílios, substituir bebidas
artificiais por naturais, não usar às refeições.
5. Repouso: dormir cedo, acordar cedo, ter dia de folga, férias,
intervalos no trabalho, evitar lazer competitivo ou de jogos de azar.
6. Exercício físico: adequado à pessoa e idade, moderado, regular,
vitalício, não violento, não competitivo, preferir caminhar e cuidar da terra.
7. Confiança no
poder de Deus: Leitura da Bíblia,
compromisso com a igreja, tempo para oração, meditação, testemunho. Cultivar a
fé a esperança e o amor.
8. Alimentação
conveniente:
a) Cuidar com a quantidade
(suficiente x insuficiente)
b) Cuidar com a qualidade (carne,
açucar, amidos, gordura, condimentos, etc.)
c) Cuidar com a freqüência. (duas
a três vezes)
d) Cuidar com as combinações
(leite e açúcar, frutas e verduras, mais de três variedades na mesma refeição,
líquido às refeções, etc.)
e) Cuidar com a adequação
(atividade física, intelectual, clima, idade, estado de saúde, condições dos
órgãos digestivos, etc.)
A
questão da carne, portanto, é uma pequena parte de um dos oito remédios da
natureza, e não é a Reforma de saúde em si, mas um detalhe dela.
CITAÇÕES GERAIS APLICADAS EXCLUSIVAMENTE À CARNE
1. “Contamina o sangue” – Em geral aplicado à carne
refere-se a outras coisas como: açúcar, leite e ovos juntos, falta de
exercícios físicos, frutas junto com verduras, não beber água suficiente. CSRA,
113, 330, 354.
2. “Enfraquece a mente para o trabalho ministerial” - açúcar, leite e ovos juntos, queijo,
manteiga, massas suculentas, condimentos, frutas e verduras juntos, dormir
tarde e insuficiente, comer demais, comer fora de hora. CSRA, 113, 327, 328, 331,
354 395 (usar manteiga com moderação, 352)
3. “Não liderar instituições” – para os que combatiam a
Reforma de Saúde e queriam colocar carne nas instituições.
4. “Pastor deve ser exemplo” – refere-se a tudo e não
apenas a carne os textos dizem “ na temperança” e na “ reforma de saúde”. CSRA,
402
5. A carne é o pior alimento – Açúcar, massas e bolos são
piores do que carne. CSRA, 328, 334.
6. Se a carne não é doente é mais recomendada do que
grandes quantidades de leite com açúcar. Não faz o mal que leite com açúcar
fazem.CSRA, 334, 330.
7. A carne desqualifica para o ministério – torta doce
desqualifica para o serviço de Deus. CSRA, 333. Imprudência no comer inabilita
para a obra que precisa ser feita. 335
8. “Não se pode comer carne alguma pois os animais estão
doentes” – Apesar disso, Ellen White fez exceções para uso de carne e outros
itens afetados pelas doenças dos animais. Para isso recomendou cuidado. Veja
CSRA, 355, 356
QUAL DEVE SER NOSSA
ATITUDE PARA COM OS QUE COMEM CARNE?
Há, realmente alguns que vivem em circunstâncias que os
impedem de adotarem plenamente a reforma? Se assim for, trata-se de um
princípio que deve ser ajustado a cada indivíduo em particular. É uma questão
pessoal.
- Entender
que a Reforma de Saúde deve ser progressiva. CSRA, 356.
- Não
tomar atitudes críticas, de ataque, buscando corrigir os outros, pois isso
desperta resistência e cria mau hábito de crítico no que pretende ajudar.
CSRA, 464.
- Considerar
que o abandono da carne pode não ser o ideal para todos.
“O regime cárneo
não é o mais são, e, todavia eu não
tomaria a atitude de que ele deva ser rejeitado por toda pessoa”.CSRA, 395.
- Verificar
as possíveis exceções dadas no Espírito de Profecia.
“Se a reforma pró-saúde com todo o seu rigor for ensinada
àqueles cujas circunstâncias não lhes
permitem sua adoção, ter-se-á produzido mais dano do que bem”. CSS, 137.
Quais são essas circunstâncias?
CIRCUNSTÂNCIAS OU
EXCEÇÕES INDICADAS POR ELLEN WHITE
PARA NÃO SE ADOTAR O
VEGETARIANISMO
1.
Tuberculosos desenganados – não devem ser forçados a
deixar a carne. CSRA 292,2:
“Os tuberculosos que se acham em
decidido caminho da sepultura, não devem fazer mudanças particulares a esse
respeito, mas seja exercido cuidado para obter carne de animais o mais
saudáveis possível.”
2.
Pessoas que sofrem de tumores não devem ser forçadas a
deixar a carne. CSRA, 292, 3:
“As pessoas que
têm tumores a minar-lhes a vida, não
devem ser carregadas com a questão de deverem ou não abandonar o uso da carne.
Cuide-se de não coagir a uma resolução quanto a esse assunto. Não ajuda ao caso
forçar a mudanças, mas prejudicará aos princípios de abstinência da carne.
Façam-se palestras na sala de visitas. Eduque-se a mente, mas não se force a
pessoa alguma, pois tal reforma feita sob pressão é inútil....”
3.
Vários tipos de doenças e exaustão (esgotamento). CSRA,
394:
“Em certos casos de doenças ou exaustão, poderá ser considerado melhor usar alguma
carne, mas grande cuidado deve ser tomado para adquirir carne de animais
sadios.”
4.
Facultativa onde não haja abundância de vegetais. CBV,
103.
5.
Deve-se considerar a emergência como no exemplo de E.
G. White. CSRA, 394:
“Quando não me foi possível obter o alimento de que
necessitava, comi um pouco de carne algumas vezes; mas estou ficando cada
vez mais atemorizada de fazê-lo.”
6.
Órgãos digestivos fracos. CSRA, 395:
“Os que têm fracos órgãos digestivos, podem muitas
vezes comer carne, quando não lhe possível ingerir verduras, frutas e mingaus.”
7.
Hábitos não devem ser mudados precipitadamente. CSRA,
462:
“Hábitos que
foram por toda a vida ensinados como sendo direitos, não devem ser mudados por medidas rudes ou precipitadas.”
8.
Pobres não devem ser coagidos a deixar a carne. CSRA,
463:
“Sinto sincera
comiseração para com famílias que chegaram à fé recentemente, e que se sentem tão premidas pela pobreza que não sabem
de onde lhes virá a próxima refeição. Não é meu dever fazer-lhes discursos
sobre o comer saudável. Há tempo de falar, e tempo de calar.”
Caso fosse um
ponto de comunhão com a igreja, espiritualidade ou de salvação como justificar
tais declarações?
Trata-se de hábito específico (a reforma de saúde é mais
ampla). Nesses casos o consumo da carne não ocorre por desprezo e rejeição á
Reforma de Saúde e nem por condescendência com o apetite pervertido, mas por
uma razão pessoal que deve ser respeitada. Ou seja, quem come carne não a come
sempre por ter apetite pervertido.
ATITUDES RECOMENDADAS
POR ELLEN WHITE SOBRE O COMER CARNE
1.
Comer ou não comer carne não é teste. CSRA, 462. Nem os
que comem são os maiores pecadores:
“Devemos
considerar a situação do povo, e o poder
de hábitos e práticas de vidas inteiras, e devemos ser cautelosos em não
impor aos outros nossas idéias, como se
esta questão fosse um teste, e os que comem carne fossem os maiores
pecadores.”
2.
Ninguém deve ser consciência do outro nesta questão.
CSRA, 463:
“Nunca julguei ser meu dever dizer que
ninguém deveria provar carne, sob quaisquer circunstâncias. Dizer isto,
quando o povo tem sido educado a viver de comer carne em tão grande medida,
seria levar ao extremo a questão. Nunca senti ser dever meu fazer asserções
arrasadoras. O que tenho dito, disse-o sob uma intuição do dever, mas tenho
sido cautelosa em minhas afirmações, porque
não queria dar ocasião para qualquer pessoa ser consciência para outro.
...”
3.
Não há regra estabelecida nessa questão (CSRA, 95,3;
404:2):
“Não estabelecemos regra alguma para ser
seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde abundam as frutas,
cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o
povo de Deus.”
“Uma pessoa não
pode ditar uma estrita regra para outra. Cada
um deve exercer discernimento e domínio, agindo por princípio.” CSRA, 139
4. Não é prova de comunhão para os crentes (CSRA 404:3, 466):
“Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão; devemos, porém, considerar a influência que crentes
professos, que fazem uso da carne, têm sobre outras pessoas.”
5.
Não é uma prova para ministros e não devem ser forçados a abandonar o seu uso. O ministro que comer é responsável pelas
conseqüências. CSRA 401,2:
“Se bem que não tornemos o uso do alimento cárneo
uma prova, se bem que não queiramos forçar ninguém a
abandonar seu uso, todavia é nosso dever instar para que ministro algum da associação
faça pouco da mensagem de reforma nesse ponto, ou a ela se oponha. ... Ele [o
Senhor] nos deu a obra de proclamar a mensagem da reforma pró-saúde, e se não
podeis avançar nas fileiras dos que a estão proclamando, não o deveis tornar notório. Neutralizando o trabalho de vosso
co-obreiros, que estão ensinando a reforma pró-saúde, estais fora da ordem,
operando do lado contrário.” (1902)
6.
Não vibrar ataque contra quem está comendo carne. CSRA,
462,2:
“Quando
assentados a uma mesa onde haja carne, não
devemos vibrar um ataque contra os que a usam, mas deixá-la intocada quanto
a nós, e se nos perguntarem a razão de assim proceder, devemos de maneira
bondosa explicar o motivo de não a usarmos.”
Em face do que
foi abordado até aqui introduziremos, agora, um quadro apresentando a atitude
de E. G. White em relação aos pastores e administradores que não apoiavam a
reforma pró-saúde chegando, alguns, até a zombar dela e combatê-la. A razão
evidente era que, entre outras coisas, não pretendiam restringir a
condescendência com o apetite nessa questão.
Ela não estava
falando dos que eventual e circunstancialmente comiam carne, como ocorreu com
ela mesma, ou daqueles que podiam enquadrar-se numa das exceções já mencionadas
neste material, mas àqueles que optaram, devido ao apetite pervertido, por
comer carne regularmente, em desrespeito e pouco caso com a luz recebida, e até
combater a reforma pró-saúde. Vejamos:
RECOMENDAÇÃO GERAL DE E. G. WHITE DE COMO AGIR
1. Não é uma prova
e nem é forçado o ministro deixar a
carne, mas ele não deve se opor e nem
fazer pouco caso do assunto. Se não pode avançar junto com os que proclamam
a reforma pró-saúde não deve fazer isso notório. CSRA, 401. (1902)
Portanto, a questão da carne como alimento é pessoal, não
é ponto de comunhão e teste de fé na igreja, nem para membros, nem para ministros,
contanto que não combatam a reforma pró-saúde que deve ser apresentada com
tato, sem forçar as pessoas. Ao mesmo tempo deve-se entender as exceções que
provam que o assunto não é ponto de salvação, a não ser que a pessoa esteja
comendo-a por condescendência com o apetite (gula), e isto é aplicável a
qualquer outro alimento.
Danos físico que repercutem na vida
espiritual e eficiência para a obra de Deus são resultado da condescendência
com o apetite pervertido no regime alimentar. O único caminho seguro é seguir a
luz recebida para os nossos dias quando tantas doenças afetam os animais e a
perversão dos sentido toma conta do mundo.
“Devemos lembrar que há demasiado tipos de mentalidades no
mundo, e que não podemos esperar que cada um veja exatamente como nós em todas
as questões de alimentação. As
mentes não seguem exatamente a mesma direção.” CSRA, 351
“Nossos ministros devem
tornar-se inteligentes nesta questão. Não
a devem ignorar, nem se desviar
pelos que os chamam extremistas. Verifiquem o que constitui a verdadeira reforma pró-saúde, e
ensinem-lhe os princípios, tanto por preceito, como por tranqüilo e coerente exemplo.” CSRA, 451
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