AS 4 CRISES
DO NOVO MEMBRO
1 – A
Crise de Desencorajamento
Essa crise ocorre quando um
indivíduo falha em corresponder aos altos padrões que ele desposou
imediatamente antes do seu batismo. No batismo ele comprometeu-se publicamente
com esses padrões. Mas depois, ele geralmente percebe que tendências de sua
velha vida ainda estão presentes. Ele pode ainda ter acessos de mau humor. Pode
quebrar o sábado, ou mesmo “escorregar” e xingar. Quando esses velhos hábitos o
dominam novamente, pode haver um período de grande desânimo. Um sentimento de
derrota o envolve. Desencorajado, com baixa auto-estima, ele pode se sentir
um hipócrita. Sua reação natural é fugir
do contato com a igreja que ele fez compromissos no batismo. A culpa levou Adão
e Eva a fugirem da presença de Deus. Ele fez o mesmo.
Sintomas: Os principais sintomas dessa crise são
absenteísmo da igreja ou qualquer significativa ausência dos eventos sociais ou
reuniões de oração. É também identificado por uma reconhecível perda de
animação na vida cristã. Pode-se manifestar na falta de desejo de demorar um
pouco mais após o culto. Um apressado cumprimento, um semblante desanimado ou
uma disposição séria pode ser indicações da crise de desencorajamento.
Solução: Um indivíduo que passa por essa crise pode
ser ajudado se o seu problema for detectado rapidamente. Uma ligação
telefônica, uma palavra de ânimo, uma oração, um cartão com mensagem
encorajadora, uma visita pastoral podem ser como raios de esperança na
escuridão. Ele não necessita de condenação. Sentir sua crise, ouvir os seus
problemas e oferecer encorajamento genuíno é tudo que ele necessita.
2 – A Crise de Integração:
Essa crise acontece quando o
indivíduo falha em substituir os velhos amigos da sua vida anterior ao batismo
por novos amigos. Isso ocorre quando a pessoa aceita as doutrinas da igreja,
mas não se integra a sua estrutura social. Desde que os humanos são seres
sociáveis, a crise acontece quando o indivíduo não se torna parte da rede de
amizades da igreja. Ele se sente sozinho, isolado até dos próprios familiares
por causa da sua fé.
Sintomas: Esse novo membro começa a chegar tarde à
igreja, ou sozinho, imediatamente após o hino final. Ele se assenta sozinho e
raramente freqüenta os programas sociais da igreja. Se o faz, geralmente fica
isolado em um canto. Para ele, religião é simplesmente freqüentar o sábado de
manhã, porque ele crê nas doutrinas adventista. Mas geralmente ele não
freqüenta a Escola Sabatina. Ele se associa muito pouco com os membros. Ele pode
ficar assim por semanas e meses, porém, mais cedo ou mais tarde, ele deixará a
igreja.
Solução: Essas pessoas necessitam de imediata atenção
pessoal. Faça tentativa ativa de ajudá-lo a desenvolver amizades da igreja.
Esforços especiais precisam ser feitos para convidá-lo aos eventos sociais de
igreja. Um convite para um almoço no sábado, uma excursão a alguma instituição adventista, noites
esportivas, acampamentos fazem parte da mediana preventiva.
Durante os primeiros 6 meses,
muitas pessoas deixam a igreja por causa da crise de desencorajamento ou a
crise de integração, mais do que por qualquer outra coisa. Calor,
companheirismo e relacionamento pessoal são fatores de prevenção da apostasia.
3 – Crise de Estilo de Vida
Esta crise geralmente acontece
um ano, um ano e meio após o batismo. Ela ocorre quando o indivíduo falha em se
integrar ao estilo de vida ensinado pela bíblia e praticado na Igreja
Adventista. Provavelmente não tenha se adaptado ao estilo ou horário dos
cultos. O sábado é guardado de maneira descuidada. Ele continua freqüentando
velhos lugares de diversão. Embora ele
esteja presente na igreja aos sábados de manhã, o impulso da velha vida é muito
forte. Sua experiência pessoal é ainda superficial. A semente do evangelho firmou suas raízes, mas a profundidades é
pouca. Ele ainda não tem hábitos devocionais, passa pouco tempo em oração e
estudo da bíblia. Resumindo, ele ainda não conhece a Jesus.
Sintomas: Geralmente não freqüenta a escola sabatina e
os cultos de oração. Ele não se envolve em atividades missionárias, não lê a
literatura denominacional e não se interessa em eventos da igreja tais como
campais, congressos, programas de treinamento. Há pouco envolvimento e nenhum
crescimento espiritual.
Solução: A grande necessidade para quem experimenta
esta crise é um significativo período devocional, cuide para que ele tenha
literatura adventista adaptada aos seus interesses e necessidades. Um contínuo
estímulo para promover o crescimento espiritual deste adventista Laodiceano é
envolvê-lo nos pequenos grupos, onde ele participará de um significativo
programa de estudos bíblicos e testemunhos. No ambiente de um pequeno grupo de
6 a 8 indivíduos, haverá maiores oportunidades de crescimento espiritual.
4 – Crise de Liderança
Esta crise geralmente ocorre
depois que o indivíduo tem demonstrado fidelidade a Cristo e a Sua igreja. Vamos supor que a igreja seja
relativamente pequena. Ele começa a ser integrado à estrutura de liderança.
Talvez ele seja colocado numa comissão de nomeações. Ele começa a perceber o funcionamento interno
da igreja. O “elo de santidade” perde o brilho. Ele reconhece que todos os
membros da igreja não são “santos”. Durante as reuniões da comissão de nomeações há uma franca
avaliação dos membros eleitos para diversos departamentos. O choque de
pertencer a uma igreja composta de pessoas falhas e defeituosas o desencorajam.
Sintomas: A crise pode se expressar em criticismo,
maledicência, quebra de sigilo após as reuniões de comissão, ou um sentimento
geral de descontentamento. Às vezes, uma pessoa que passa por essa crise, após
participar em uma comissão de nomeações,
se recuse a aceitar cargos na sua igreja. Pode haver criticismo de um lado e
profundo sentimento de ansiedade do outro.
Solução: Geralmente uma ou duas sessões de
aconselhamento enfatizando a divina origem da igreja e as fraquezas e fragilidades da liderança
humana e suficiente para ajudar esta pessoa, a crise de liderança geralmente
ocorre porque um indivíduo não tem maturidade espiritual para reconhecer a
“humanidade” dos membros da igreja. O pastor deve orientar cada novo adventista
eleito para posição de liderança acerca da fragilidade dos seres humanos e da
urgente necessidade de cooperação mútua. A unidade deve ser colocada acima das
opiniões individuais.
Em cada em das crises que temo
discutido – Crise de Desencorajamento, a Crise de Integração, a Crise de Estilo de vida e a Crise de
Liderança, o maior ingrediente para prevenir apostasia é o Amor. O Amor
que continuamente diz: “Estou interessado em você, estou preocupado. Eu me
importo”. Amor manifesto numa chamada telefônica, num bilhete ou cartão, num
sorriso, um caloroso aperto de mão, um convite para jantar, podem ser mais
eficiente do que um sermão. Faríamos bem
em lembrar as palavras de um pequeno garoto de uma favela que, ao passar por um
pregador de rua que falava sobre o amor de Deus, parou e gritou, “Ei pregador,
eu quero ver amor vestido de pele!”
Ganhar almas é a mais
maravilhosa obra do mundo. Nesta atividade, Deus e o evangelista trabalham lado
a lado. Essa vida se contínua aventura na obra de ganhar almas é o que eu
convido a entrar hoje.
Deus o abençoe.
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