sábado, 7 de abril de 2012

Curiosidades sobre nomes


CURIOSIDADES  SOBRE  NOMES    ANTROPÔNIMOS



Pessoas existem que fazem interessantes coleções, como por exemplo um advogado de São Paulo, que coleciona as frases escritas nos caminhões; cognominadas por alguém como a sabedoria do irmão da estrada, sem dúvida, muitas delas originais e utilíssimas para o nosso folclore.

Há muitos anos, interessei-me pelo estudo dos nomes de pessoas, colecionando interessante material, que desejo repartir com aqueles que se interessam pelo assunto.

O estudo dos nomes é atrativo, tanto no seu significado etimológico, quanto na excentricidade que alguns deles apresentam, a começar com a Bíblia, onde o nome tinha um significado mais profundo e mais pessoal, porque o nome revela o caráter, ou alguma circunstância por ocasião do nascimento ou da personalidade de quem o recebia, parecendo que os pais, contra a própria vontade, sabiam profetizar com exatidão, o que iria acontecer.

Sirvam de confirmação os seguintes exemplos:

a)      Matusalém, cujo nome significa, quando eu morrer virá o dilúvio. Ellen G. White diz que Matusalém morreu no ano do dilúvio.

b)     Esaú foi chamado de Edom, por ser apreciador de um manjar vermelho, o guisado de lentilhas. Edom em hebraico significa vermelho. Esta é a razão dos descendentes de Esaú até hoje serem chamados de edomitas.

Tão abarcante é o estudo dos nomes na Bíblia, que seria necessário uma extensa monografia, para estudá-los satisfatoriamente. Em nossa apostila sobre as Testemunhas de Jeová (III Edição) há um estudo de 18 páginas para os nomes de Deus e de Cristo nas Sagradas Escrituras. Apenas acrescentarei o seguinte: Isaías fala sobre a vinda do nome de Javé. Que significa isto? Significa que o nome Javé representa a plenitude do poder, santidade e graça de Deus, revelados em Seu caráter.

Os Salmos associam o nome de Javé com a sua Justiça (89:15-16), com sua fidelidade (89:24), com sua salvação (96:2), com sua santidade (99:31), com sua bondade (100:4-5), com seu amor (119:55), com sua verdade (138:2), e com sua glória (148:13).

A Bíblia nos diz que pela nossa vida podemos blasfemar, poluir, desonrar o nome de Deus e podemos também dar graças, temer, honrar, proclamar e bendizer o Seu santo nome.

Em 1958, apresentei, numa capela de cultura geral, o significado dos nomes de nossos alunos dos cursos colegial, normal, comercial e teológico.

Em 1961, noutra capela, fiz novamente um estudo de nomes curiosos e excêntricos existentes em nossa pátria – Citamos vários trocadilhos e brincadeiras semelhantes a esta, que naquele tempo tinha muita significação:

Eu pinto telas, e o Jânio Quadros.

Eu sou de ferro, e o Ademar de Barros.

Eu compro uma chácara, e o Henrique Teixeira Lott.

Eu dou salto, e o Mário Pinotti (era o ministro da Saúde).

Eu sou sincero, e o Cid Franco.

Se eu não fizer, o Alfredo Fará.

No estudo dos nomes encontramos alguns que são pitorescos e curiosos, enquanto outros são extravagantes, ridículos e estultos.

Sabemos muito bem que o nome, mais do que uma simples e despretensiosa convenção social, funciona como o cartão de visita de uma pessoa, sua apresentação aos outros, sua própria aceitação dentro da sociedade.

Para certas pessoas, seus nomes excêntricos, exercem influência psicológica deprimente ou mesmo nociva sobre a personalidade, como é fácil provar.

Por exemplo, é sempre humilhante para um homem, possuir um nome feminino como muitos já constataram.

A Revista Veja, 09/10/74, noticiou o seguinte: A noiva de um moço de Belo Horizonte, chamado Florisbelo, exigiu que ele o trocasse por um outro, mais masculino.

Em Teófilo Otoni, uma conhecida cidade de Minas, uma menina cuja mãe morreu no parto recebeu o cruel e fatídico nome de Assassina.

Nomes exóticos como os de Florisbelo e Assassina, o antropólogo San Martins, já coletou às centenas em Minas Gerais, ao longo de um paciente trabalho que consumiu mais de 10 anos Ele pretende reuni-los, agora, no seu Manual de Folclore, a ser editado em breve. Algumas das preciosidades, ele antecipa:

Em Catas Altas, pequena comuna na região de ouro Preto, vivem as irmãs Fé, Esperança e Caridade. Em São Francisco, um político arrebanha votos anunciando seu nome de Brasiliano Brasílio Brás. Na Zona da Mata, os irmãos Lacerda foram batizados, pela ordem, como Cifra, Cedilha, Vírgula e Cifrão.

Muitos desses nomes extravagantes são anteriores ao decreto federal n.º 4.857, de 9 de novembro de 1939, que determinava explicitamente, em seu artigo 69, que "os oficiais do registro civil não podem registrar prenomes suscetíveis de expor ao ridículo seus portadores".

Psicólogos nos advertem que um nome fora dos padrões normais, pode significar um peso intolerável para uma criança que o carregue, levando-se em conta as brincadeiras absolutamente naturais, mas também naturalmente cruéis de seus companheiros. O nome ridículo pode marginalizar a criança, levando-a a um perigoso trauma psicológico.

Apesar da determinação do governo, de 1939, nomes inconvenientes continuaram sendo colocados com a conivência de certos cartórios, por isso, em 1974, o senador Rui Santos, insistiu na mesma tecla, encaminhando um projeto para que os oficiais do Registro civil não registrem nomes, que criem constrangimento aos seus portadores: Rui Santos, lembrou, ao justificar sua iniciativa, que desde quando era deputado vinha condenando o abuso "da invenção de nomes para dar a filhos".

O que mais me admira neste sentido, não é tanto os nomes extravagantes que pais irresponsáveis e ignorantes, muitas vezes, com pretensão de originalidade, atribuem aos seus filhos, mas sim, os responsáveis pelos cartórios, que se espera, sejam mais esclarecidos, registrarem estas esquisitices.

Observe este nome Catacisco, colocado no filho em virtude de tomar uma parte do nome paterno Francisco, e outra do nome materno Catarina.

Existem mais pessoas do que imaginamos, que têm aversão ou, mesmo horror ao nome que possuem e de bom grado o trocariam por outro.



A Mudança do Nome



Pode uma pessoa mudar o seu nome?

De acordo com o Curador Geral dos Registros Públicos, os nomes apenas podem ser mudados, nos casos em que as pessoas receberam nomes ridículos como: Himeneu Casamentício das Dores Conjugais, Camilo de Cadê o Negócio, Manoelina Terebintina Capitulina do Amor Divino, Rosa Simione de Cavalo Brito.

Caberia bem neste estudo, um aspecto dos nomes que foram substituídos por pseudônimos, muitos dos quais se notabilizaram em vários ramos da atividade humana, mas parece que com certa ênfase na literatura. Podemos citar alguns bastante conhecidos:

A famosa poetisa Chilena, Lucila Godoy Algayaga, prêmio nobel de literatura, conhecidíssima pelo pseudônimo de Gabriela Mistral.

Tristão de Ataíde, nosso famoso crítico literário, tem como nome real Alceu de Amoroso Lima.

Quais seriam os fatores conscientes e inconscientes que levaram Poquelin a mudar para Moliere, Beyle para Stendhal, Tribault para Anatole France, Herzog para André Maurois, Langhorne Clemens para Mark Twain, Lucila Dupont para o nome masculino de George Sand e para concluir, Voltaire que aos 24 anos trocou o nome de família, que era Arouet o que adotou e com o qual se tornou célebre.

Os chineses davam aos filhos um "nome de leite", isto é, um primeiro nome que os próprios filhos, mais tarde, poderiam ou não modificar de acordo com a sua predileção.

Certa feita, alguns jornalistas, fizeram um levantamento na Câmara dos Deputados e verificaram que os nomes de animais e árvores predominavam no Poder Legislativo, para o qual foram eleitos 12 Oliveiras, 10 Pereiras, 6 Carvalhos, 5 Silveiras, 4 Nogueiras, 2 Limas, 1 Pinheiro, 8 Carneiros, 4 Coelhos, 2 Pintos, 2 Bezerras, 1 Leão e 1 Cordeiro.

Evidentemente a flora e a fauna ali se achavam bem representadas. Ao escrever esta frase, veio-me à mente o curioso incidente no qual se envolveram o historiador e diplomata Oliveira Lima e o irreverente satírico Emílio de Meneses.

Oliveira Lima era alto e muito gordo. Sua esposa Dona Flora Cavalcanti, delgada de corpo, formava com o esposo violento contraste.

Certa tarde o casal passou na frente de um grupo de pessoas, onde se achava Emílio de Meneses. Ao vê-los, o poeta exclamou:

"Ali vão a Flora e a Fauna Brasileiras?"

Alguém teve a imprudência de publicar a pilhéria no jornal; Oliveira Lima, enraivecido com a frase, para humilhante, publicou violento artigo em "O Estado de São Paulo", chamando Emílio de Meneses de bêbado, vadio e outros adjetivos injuriosos.

A resposta de Emílio de Meneses veio em forma de um soneto, bastante injusto e acrimonioso:

De carne mole e pele bambalhona,

Ante a própria figura se extasia.

Como oliveira – ele não dá azeitona,

Como lima – parece melancia.

Atravancando a porta que ambiciona,

Não deixa entrar nem entra. É uma mania!

Dão-lhe por isso a alcunha brincalhona

De "paravento da diplomacia".



Não existe exemplar na atualidade,

De corpo tal e ambição tamanha,

Nem para intriga igual habilidade.



Eis, em resumo, essa figura estranha:

Tem mil léguas quadradas de vaidade

Por milímetro cúbico de banha!...



Nomes Curiosos



Síntese de uma palestra pronunciada no I.A.E., no dia 31/08/1961.

Denominamos onomástica o estudo dos nomes próprios. Destes, os dois grupos mais significativos são os antropônimos – nomes próprios de pessoas, e os topônimos – nomes de lugares.

A nossa sucinta palestra de hoje apresentará algumas curiosidades antroponímicas.

Há uma tendência de pôr nos filhos nomes de personagens célebres, porque os pais estão persuadidos de que nos seus pimpolhos está o gênio que tais nomes simbolizam. Por isso encontramos no passado muitos Alexandres, Napoleões, Homeros, Washingtons e entre nós os Getúlios, Ruis, Juscelinos, Ademares, Jânios e muitos outros...

Logo depois da Revolução Francesa, tornaram-se comuns os nomes de Danton e Robespierre.

As Marias e os Josés, proliferaram muito em Portugal e no Brasil, por influência da Igreja Católica.

Garcia Redondo, proferiu há anos, em S. Paulo espirituosa conferência sobre nomes e sobrenomes de pessoas do Brasil. Sobre negras chamadas Claras ou das Neves. Sobre valentões chamados Pacíficos. Sobre terríveis pecadores com o nome de Jesus.

De sua palestra nos valemos para enriquecer o nosso assunto:

Garcia Redondo, sendo engenheiro, certo dia foi procurado por alguém que queria construir uma casa. Esse homem bateu à porta e foi dizendo ao senhor que lhe apareceu: Quero falar com o Dr. Redondo. "Sou eu", disse Garcia Redondo, que por sinal era muito magro e alto.

- Não, disse o homem, é com o engenheiro.

- Sou eu, repetiu Garcia Redondo.

- Mas é com o Senhor seu pai que eu quero falar.

- Esse não está aqui e não é engenheiro.

- Então o senhor é que é o engenheiro Redondo?

- Precisamente.

De que se admira?

- É que eu fazia idéia de que o senhor fosse muito mais velho, gordo, muito gordo, redondo enfim.

Após esta declaração, Garcia Redondo lhe perguntou: "E o senhor como se chama?"

- Oliveira, um seu criado.

Garcia Redondo fixou-o atentamente, olhando-o dos pés à cabeça.

Diante da admiração do engenheiro, o Sr. Oliveira perguntou-lhe.

- O que se está passando?

- Garcia Redondo, com toda a naturalidade retrucou-lhe: "O senhor deve estar enganado, não pode ter o nome de Oliveira, pois não tem raízes, galhos, folhas e não produz azeitonas.

O  conde de Monsaraz, poeta muito conhecido em Portugal, chamava-se Antônio de Macedo Papança.

Um dia, ao entrar numa pensão, o dono o cumprimentou em voz alta dizendo: "Bom dia senhor Papança." Logo um senhor que estava tomando a refeição na estalagem exclamou: "Papança! O senhor chama-se Papança. E como Monsaraz o olhasse admirado, acrescentou sorrindo:

- É que eu me chamo Papão.

Ouviu-se uma gargalhada e logo um outro freguês, que estava adiante disse: "Papança e Papão. Essa é muito boa, pois fiquem sabendo que eu me chamo Pança."

Eis como o acaso reuniu num mesmo sítio das terras Lusitanas, um Papança, um Papão e um Pança com o mesmo objetivo, o de encher a pança.

Os jornais noticiaram há algum tempo, que a Sra. Gláucia de Andrade Só, havia contraído casamento com o Sr. Pimenta. Depois de casada, essa senhora, passou a chamar-se Gláucia de Andrade Só Pimenta. Imaginem que nome ardido.

Os pais deviam usar o bom senso ao atribuir nomes aos filhos, evitando assim combinações desastrosas, como estes dois nomes de alunas do nosso Colégio. Wilma Luca e Daica Brito. Ao se casarem, recebendo o sobrenome do esposo livraram-se da seqüência não muito agradável.

Todos nós já ouvimos falar de nomes célebres da História Universal, como Frederico Barba Roxa, Ricardo Coração de Leão e João Sem Terra.

Estes nomes: João Palma de Santa Rita, Joaquim Ramos de Oliveira e Manuel Ramos de Arruda são nomes botânicos, ornamentais e floridos. Há pouco tempo tivemos Nereu Ramos e Flores da Cunha, nomes que se notabilizaram na política brasileira.

O Sr. Rolando Caio da Rocha, possui um nome que mostra a sua preocupação e receio constante, que ao rolar ele caía da rocha.

O nome Florentina de Pinho, forma a frase: flor em tina de pinho. E por falar em Pinho, quem não conhece no meio adventista as famílias Pinho e Campos? João Pinho se casou com a Ester Campos. A primeira filha deste casal recebeu o nome de Flora de Campos Pinho.

O nome feminino Malvina Pereira forma uma frase incompleta, pois não nos declara o que a pessoa mal viu na pereira.

O senhores João Fachada de Casa Nobre e Antônio Gaio de Penaforte, talvez não se sintam muito a vontade com os nomes que receberam de seus genitores.

Vital Brasil, notável médico brasileiro, impressionado com o número de pessoas que morriam em conseqüência de picadas de cobra, dedicou-se intensamente à produção do soro antiofídico, instalando o Instituto Butantã, que tanto tem feito na solução deste problema nacional. Ele deve ter pensado assim: Vi Tal Brasil necessitando de alguém que o auxiliasse, que me atirei a essa nobre e elevada empreitada.

A possuidora do nome Felicidade Perpétua de Macedo parece que estava solicitando constantemente felicidade perpétua dê-ma cedo. A felicidade perpétua é melhor cedo do que tarde. O senhor Jacinto Soares de Campos, nesta época de poluição do ar, vive feliz, pois declara a todos: Já sinto só ares de campos. De fato é bem mais agradável do que sentir ares de cidade.

Manuel Sola de Sá Pato, parece ser uma incoerência, mas é um nome real. Casou-se e dessa união apareceram muitas solinhas de sapatinhos.

O senhor Felício de Arco e Flecha, apesar do seu nome, nunca andou com arco e flecha. Um dos secretários de educação do Estado do Rio tinha como nome de família Flexa, escrito com X. Alguém ponderou que uma das razões para o ensino não ir bem naquela unidade da federação era esta: o próprio dirigente do ensino, não sabia escrever o seu nome corretamente, já que Flecha deve ser grafado desta maneira.

Joaquim José Faria Ovo é um nome que sempre está no condicional, indicando o que o seu autor faria se fosse ave.

Temos aqui no colégio, um nome bastante conhecido, que está sempre no futuro. Sabeis qual ê? É o do professor Hélio que nos declara que ele sempre Será Fino. Olhando a sua compleição física, cremos que ele sempre estará de acordo com o seu nome. Treze de Maio de 1888, não indica apenas a data da abolição da escravatura no Brasil, mas o nome de uma pessoa que nasceu exatamente naquele dia.

Um conde de Portugal deu os seguintes nomes às suas duas filhas:

Celeste Aurora do Jardim dos Anjos e Branca Açucena do Jardim dos Anjos. Nomes terrestres e angélicos, mas bastante evocativos.

Um cidadão brasileiro chamava-se Bento Coelho do Amaral Feio. Mas este não é o único feio que existe, pois no Ginásio do Estado onde estudei havia um professor com o sobrenome de Feio. A esposa do Feio não devia ser Feio, porque atentaria contra as regras de concordância da gramática, devia ser Senhora Feia. Bela e Linda são nomes femininos existentes entre nós, embora nem todas as portadoras destes nomes façam jus ao título que levam.

Pacífico Armando Guerra é um nome disparatado, porque não é possível ser pacífico e armar guerra.

Outro nome contraproducente é o do senhor Francisco Caldeira de Pinho, desde que não existe nenhuma caldeira que possa ser feita de pinho.

Pinho Carneiro, Carneiro Leão e Carvalho Pinto são nomes incoerentes.

Rosa de Oliveira é tão disparatado como Nogueira de Carvalho, Leite Penteado e Carvalho Lebre.

Capote Valente, célebre advogado de S. Paulo, tem um nome disparatadíssimo, porque podemos encontrar um capote resistente, agasalhador, quente, mas um capote brigão, valente, isto nunca. E dizem que o Dr. Valente era um dos homens mais calmos e pacatos de S. Paulo. Até hoje temos em Pinheiros a Rua Capote Valente.

Gelásio Pimenta é um nome antitético, pois a sua primeira parte da idéia duma substância fria, gelada, enquanto a segunda tem conotação de algo que queima ou arde.

Ainda nomes paradoxais encontramos em Bárbaras que são cândidas e Cândidas que são bárbaras. Um Gordo que é magro e um Magro que é gordo. Um Grande que é pequeno e um Pequeno que é grande. Um Branco que é preto e um Preto que é branco. Um Cordeiro que é lobo e um Lobo que é cordeiro.

Clara Branca das Neves é um nome alvíssimo na sua formação, porém, a sua possuidora era uma preta retinta.

Quando presidente de mesas eleitorais, deparei com vários disparates onomásticos, ao aparecerem as Claras e Clarices bem escuras, mas a senhora Preto, esposa de um de nossos ex-estudantes, que de preto sã tinha o nome.

José Fatiota Nova (Fatiota vem de fato - terno), era o nome de um maltrapilho que mendigava nos subúrbios do Rio de Janeiro e que talvez nunca na vida, tivesse vestido uma fatiota nova.

Horácio Penteado era o nome de um senhor inteiramente careca, por isso só andava penteado no nome.

O Sr. João Casadinho, possuía um nome, que nos dá a entender que fosse um moço casado há pouco tempo, porém era de um solteiro que morreu com mais de 80 anos.

No Brasil tivemos as firmas: Domingos e Dias Santos, Leão Manso e Pato Bravo, Pires e Leite Salgado, Matos e Campos e muitas outras existem por esses brasis afora com nomes paradoxais.

Alguns poderão estar pensando que muitos destes nomes citados são lucubrações inexistentes, mas não o são, prezados estudantes, são todos nomes de pessoas reais que existiram e outros ainda existem.

No Ceará encontra-se um cidadão chamado: Raimundo Raio da Estrada de Ferro.

No Instituto dos Beneficiários do Rio de Janeiro alguém colecionou uma lista de nomes deste jaez:

Rodo Metálico, José Casou de Calças Curtas, Prodamor Conjugal de Marina e Marixa, João Cólica.

No Pará existe a família Campos, com os irmãos Prólogo, Capítulo, Errata e Epílogo de Campos.

Em Porto Alegre há as irmãs Europa, Ásia, África e Oceania, dizendo o genitor que ainda espera completar sua mapoteca filial com América, Pacífico, Atlântico e Báltico.

Em João Pessoa existe uma professora com o nome de Dona Mariazinha Peguei-Te.

Além dos nomes bizarros, já citados, podemos acrescentar:

Adão Neto Religioso.

Aniversário José de Freitas.

Antônio Noivo da Silva.

Antônio Vinte de Julho de Mil Oitocentos e Cinqüenta e Cinco.

Bonfilho Vinte Filho.

Brasil Primeiro Centenário da Independência.

Bernardino Lopes Quatorze Voltas.

Estrada de Ferro Central do Paraná.

Francisco Doce.

Gentileza de Queirós Pimenta.

Goiânia Goianita de Goiás.

José Esteves Pastor da Igreja.

José Quarto Filho.

Lúcio Sete de Abril.

Maria Jantar Oliveira.

Maria Mária Mariá.

Maria Verônica Conceição Sebesta.

Modesto Pedregulho.

Oliveira Filho e Neto.

Pedro Nunes Folgado.

Pedro Prazer de Nossa Senhora.

Pontino Sessenta e Quatro.

Teresinha Barbuda Pereira.

Valdomiro Eduardo e Seus 39.

Arlindo Barba de Jesus.

Cafiaspirina Cruz.

João Cara de José.

Céu Azul do Sol Poente.

A.B.C. Lopes.

Restos Mortais de Catarina.

Inocêncio Coitadinho Sossegado de Oliveira.

Vitório Carne e Osso.

Maria Passa Cantando.

Graciosa Rodela.

Joaquim Escova de Palha.

Manuel Prego e Machado.

Magnésia Bisurada do Patrocínio.

Antônio Noites e Dias.

Juana Mula.

João Pensa Bem.

Napoleão Estado de Pernambuco.

Remédio Amargo.

Marimbondo de Andrade.

Rolando Pela Escada Abaixo.

Naída Navinda Navolta Pereira.

José Maria Guardanapo.

Francisco Filho de Chinelo.

Ermínio Nacional Futuro da Pátria Brasileira.



E para concluir o sempre citado e por todos conhecido:

Um Dois Três de Oliveira Quatro.




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